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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Brincadeiras Educativas


Brincadeiras educativas

Sobre a Iniciação à Matemática e aos Números.

-através das diversas atividades do Jardim, tais como jogos, brinquedos, modelagem, manuseio de pauzinhos,tampinhas, caixas,jogo de bolas etc., a criança vai adquirir conhecimentos matemáticos.

-dar à criança oportunidade para observar tudo que a rodeia, contando, comparando, medindo, etc.

-aproveitar as situações reais, para a iniciação matemática.

-é conveniente ensinar pequenas quadrinhas e canções envolvendo assuntos matemáticos.

-dar conhecimentos numéricos, poderá dar exercícios como contar as rodas do automóvel, da carroça, as pernas da galinha, as patas do cavalo, etc.

-relacionar os números com coisas conhecidas da criança, a fim de auxiliar a formação de idéia geral.

-brincar com pequenos recipientes plásticos com líquidos dentro, ajuda a compreenderem o que vem a ser volume.

-a medida do tempo e do espaço não deve ser esquecida.

Para esses ensinamentos deve ser levada em conta a capacidade da criança.

Fonte:http://sitededicas.uol.com.br/

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O que é Floortime?



"floortime" tem como meta ajudar a criança se tornar mais alerta, ter
mais iniciativa, se tornar mais flexível, tolerar frustração,
planejar e executar seqüências, se comunicar usando o seu corpo,
gestos, linguagem de sinais e verbalização. Se a criança já souber o
PECS e a linguagem de sinais, trabalhe com isso no "floortime". Se a
criança ainda não conhecer nem a linguagem de sinais e nem o PECS,
não use o "floortime" para começar esses métodos, uma vez
que "floortime" não é hora de ensinar, mas explorar a espontaneidade,
iniciativa da criança e a verbalização. O mais importante é despertar
na criança o prazer de aprender.
Faça da hora do floortime uma hora de diversão, risos, brincadeira e
reconheça as oportunidades do dia a dia para solucionar problemas e
conseguir suportar mudanças. Use isso na sua rotina trabalhe as
expectativas da crianca, o que a criança faz por ela.

Um resumo do Floortime:

• Metas especificas do comportamento e estratégias
do "Floortime"


Metas para a criança ser mais alerta e consciente
Atividade "Floor time"

Alerta e consciente

•Notar que algo está diferente
•Diferenciar informações sensoriais como visão, audição e outras
•Reconhecer que está enfrentando um obstáculo
•Identificar o problema

Tomar Iniciativa
•Encorajar a ser menos passivo no ambiente
•Não deixar este processo seguir automaticamente

Ter mais flexibilidade
•Crie mudanças pequenas e problemas para que a criança note, inicie e
tolere mudanças
•Ajude a aprender e a lidar com estas situações aprendendo a resolver
problemas e receber informações

Manter seqüências por mais tempo, com mais ações complexas e
comunicação
•Ter experiências que requerem dar vários passos para resolver
problemas (usando uma forma de comunicação)
•Questionar para saber quem quer o problema resolvido
•O que quer resolver
•Quando querem isso resolvido
•Onde eles querem isso resolvido
•Porque eles querem isso resolvido
•Quem pode resolver
•Envolta ações, gestos e palavras

Encontrar maneiras para resolver problemas
•Ajude a criança no processo de solucionar o problema (não diga ou
mostre o que fazer. Seja sutil: Onde devemos procurar, que
ferramentas precisa).


•Sugestões para Brinquedos: comida de mentirinha, caixas de produtos
de mercado como do cereal, sabão em pó, coisas de casa. Roupas e
móveis para bonecos, roupas suas, carinhos, ferramentas de plásticos,
animais de vários tipos, quadro negro, giz, tinta, massinha,
telefone, bonecos de plásticos que representem a família, pessoas da
comunidade (como policial, bombeiro), blocos, crayons, bola e muitos
outros brinquedos que estimule a imaginação e criatividade.

•Comunicação: Depois de observar a criança você pode usar as
palavras, gestos (apropriados), linguagem de sinais, PECS . Use o
interesse dela criança para construir a comunicação. No começo a
criança pode não aceitar esta troca, insista e, com o tempo, notará
que ela não só aceita, mas que estabelece troca e crescimento na
comunicação.


•Deixe a imaginação da criança fluir: Deixe a criança ser líder da
brincadeira (Criar). O seu papel é o de (faça comentários
instrutivos, perguntas que estimulem a criação e a compreensão dos
sentimentos).


•Estratégias para intervenção: Não importa o tipo de brincadeira o
importante é que seja iniciada pela criança. Não se intimide com a
possível rejeição, tente novamente. Insista em uma resposta para as
perguntas. Se ela está interagindo com uma atividade, não mude para
outra. Explore aquela iniciada. Saiba diferenciar quando deve usar a
brincadeira para ensinar ou só criar e explorar situações sociais.


•Oportunidades para praticar Floortime com a criança: Dê assistência
para solucionar problemas do dia-a-dia e suportar mudanças
(identifique estas oportunidades e as use). Sugestões: na rotina
diária, nas expectativas, nas atividades que a criança faz, crie
desafios com pequenos passos.


•Oportunidades do dia a dia para praticar Floortime com a criança:
Tirar e vestir a roupa: ofereça a opção de fazer uma escolha e, se
for muito difícil escolher sozinha (a camisa verde ou azul, calça
branca ou preta), ajude-a. O mesmo para tirar a roupa, deixe escolher
o que vai tirar primeiro.

Nas refeições converse com a criança sobre a comida (quem gosta de
cenoura? O coelho, onde o coelho mora?), sempre assuntos
relacionados.

No carro ou ônibus puxe assunto (olha o cachorro, ele faz "au-au"),
cante músicas que a criança goste, insista na participação da criança.

Quando deixar a criança na escola dê o seu tempo e atenção. Pergunte
sobre os projetos de arte na sala, os alunos e outras coisas que
chamem a atenção. Mostre seu carinho e diga sempre "até-logo". Ao
retornar, pergunte como foi o seu dia (mesmo que normalmente não
obtenha resposta) e deixe-a contar, de alguma forma, o que fez.

Na hora do banho brinque com a criança na banheira. No chuveiro cante
uma musica que demonstre os passos para se lavar.

Leia um livro e ao ler preste atenção na emoção da criança. Faça
perguntas, mostre situações, discuta a história. Aproveite para usar
este momento para se aproximar, chame-a para se sentar no seu colo ou
ao seu lado. Livros com figuras serão mais bem recebidos, pois
despertam o interesse apelando para o sentido da visão. (Leia sempre,
mesmo que ache que não está prestando atenção).

Na hora de dormir tente se aproximar, fazer carinhos; cante cantigas
de ninar até a criança dormir.

•Usar atividades do dia a dia para solucionar problemas:
• Mude de lugar a cadeira nas horas das refeições. Deixe-a resolver
como pode comer (ter a idéia de pegar a cadeira).
•Deixe a jarra de água fechada quando colocar água (deixe-a perceber
qual é o problema, se for difícil, sutilmente dê uma sugestão).
• Na hora de tomar banho não ponha água na banheira (deixe-o perceber
o problema e tentar uma solução).
•Mude os livros, brinquedos, fitas de vídeo, sapatos, etc. de lugar.
Coloque duas meias no mesmo pé e deixe a criança perceber que está
errado.
• Coloque a meia na mão (deixe perceber que esta errada).
• Dê um sapato de adulto para usar.
•Deixe o copo virado para baixo ao oferecer bebida.
•Coloque brinquedos em uma caixa que a criança possa ver e tenha
dificuldade de abrir.
•Misture o quebra-cabeça com outras peças para dificultar a sua
solução.


•Estratégias para comunicação:
• Brincadeiras sensoriais como pular, fazer cócegas, balanço.
• Use brinquedos como causa e efeito (esconda e deixe aparecer depois
como mágica. Faça cócegas com uma pena ou com algo delicado para
estimular os sentidos).
• Brinque de esconde-esconde, brincadeiras com as mãos e que usem
cantigas.
• Brinque de ping-pong usando a verbalização.
•Responda a qualquer som que a criança faz.
• Use gestos (apropriados), tom de voz, linguagem do corpo para
acentuar as emoções.
• Aceite as frustrações da criança da mesma maneira que você aceita
as emoções positivas.
• Ajude-a lidar com a ansiedade (separação, se machucar, agressão,
perda, medo), solução de problemas. (A criança deve solucionar
sozinha e você pode sutilmente ajudar, não solucione por ela).


•Estratégias para ajudar a criança a construir palavras simbólicas:
• Identifique situações do dia a dia que a criança reconheça e goste
e mantenha brinquedos disponíveis para poder brincar sobre essas
situações
• Crie situações de faz-de-conta que despertem o interesse da criança.
• Deixe a criança descobrir o que é real e o que é ilusão. Deixe-a
tentar vestir a roupa da boneca mesmo que não caiba; vestir-se de
pirata e faça de conta que ela é o pirata. Se estiver com sede
convide para tomar um chá, sente-se e brinque pretendendo ser uma
festinha. Quando ela estiver com fome brinque de cozinhar invente ou
crie um banquete real com comida.
•Estimule brincadeiras em que pretenda ser outra pessoa, se subir na
suas costas finja ser um cavalo, no sofá uma montanha, ao brincar na
piscina faça de conta que esta é ser o mar.
• Use bonecos para representar a família.
• Crie símbolos para os objetos ao brincar: p. e., a bola é um bolo.
• Ajude a criança a elaborar as direções ao brincar: quem esta
dirigindo; onde está indo; porque está indo embora (mantenha a
conversa o máximo possível e use palavras como: quem, o que, onde,
por que).
•Quando aparecerem problemas crie uma solução simbólica para ajudar a
resolvê-los.
• Brincando crie situações como se a boneca estivesse doente fazendo
de conta que você e a criança são médicos, usando brinquedos iguais
aos instrumentos dos médicos para ajudá-la. Crie situações em que o
carro quebre e use as ferramentas para concertar (se envolva na
trama, encoraje a imaginação).
• Faça perguntas a bonecas.Crie obstáculos na brincadeira, mude sua
voz para ser outra pessoa.
• Use figuras que a criança goste como Barbie, Mônica, Homem-aranha.
•Adote um tema para trabalhar.
•Trabalhe a fantasia e a realidade.Deixe a criança dirigir, a
brincadeira não precisa ser real, mas dê encorajamento à lógica.
•Foque no processo, identifique começo, meio, fim. Qual será o seu
personagem (chore quando se machucar, mostre felicidade em situasões
felizes, dê risadas, faça "voz de mau". Dramatize para caracterizar e
reconhecer as emoções. Reflita idéias e sentimentos brincando e no
dia-a-dia).
•Discuta situações abstratas como homem malvado, o mocinho da
historia, separação, ciúme, medo, ódio e outros.
• Brincando simbolicamente e conversando, deixe a criança atuar
para compreender e superar obstáculos e, assim, alcançar o controle
das emoções e das novas experiências.


•Estratégias para desenvolver o pensamento abstrato:
•Siga a idéia da criança e ajude na construção desta idéia.
•Desafie a criança a criar novas idéias na brincadeira ("faz-de-
conta" – "Pretenda").
•Pratique e amplie a interação (conversas, gestos, verbalização).
•Mantenha uma conversa lógica sempre (carro, ônibus, comendo, tomando
banho, até mesmo brincando).
•Estimule a compreensão da fantasia e da realidade.
•Use brinquedos como sendo reais (usar roupas fantasias).
•Brinque com fantoches.
•Crie uma situação segura para brincar de agressão e poder.
•Reconheça medo e evite certos sentimentos envolvendo-os em temas e
caracteres.
•Durante a brincadeira e conversa siga o começo, meio e fim da
História (a idéia),
•Identifique problemas para serem resolvidos, motivos e sentimentos
(aceite todos os sentimentos e encoraje a ênfase).
•Escolha livros para ler que tenham temas, motivos e problemas
resolvidos. Discuta o que acontece e os sentimentos, pergunte porquê
e as opiniões.
•Encoraje pensamentos abstratos.
•Compare e contraste diferentes idéias,
•Use visualização (fotos, linguagem de sinais).
•Evite mecanismos prontos, fragmentos, questões acadêmicas (seja
criativo),
• Tome a posição de ator, represente a família.
• Se envolva no drama, seja um personagem, fale com as bonecas faça
perguntas mantenha uma conversa.


•Estratégias para desenvolver habilidades motoras:
•Encorajar desfazer (desconstruir coisas, idéias, etc.).
•Mover objetos em uma linha.
•Cobrir objetos desejados.
•Montar errado um quebra-cabeça.
•Colocar um brinquedo dentro de outro brinquedo.
•Mudar o brinquedo do último lugar em que a criança o colocou.
•Agir sempre de forma intencional e simbólica.
•Segurar um brinquedo com a figura de um animal e passear por outros
lugares com ele.
•Brincar com tamborim (este tipo de movimento é muito estimulante).
•Brincar com carrinho roda, levar o carrinho para a garagem.
•Brincadeiras que usem as mãos (a canção da arranha, p.ex., e outras).
•Criar soluções a problemas que requerem vários passos para serem
resolvidos.
•Colocar um objeto desejado dentro de uma caixa dificultando a sua
abertura.
•Consertar brinquedos usando ferramentas de brinquedo.
•Criar obstáculos para criança pegar um objeto ou colocá-lo na
posição correta: dê um livro para ler no lado ao contrário, um jogo
que não funcione, sente-se no lugar favorito dela, tente chegar
primeiro ao lugar que ela quer ir.
•Colocar um objeto dentro da sua mão e deixar a criança escolher a
mão em que acha que está o objeto.
•Colocar fotos de revistas (mostre situações sociais) no nível dos
olhos da criança Mude sempre as fotos, espalhe-as pela casa.
•Encorajar investigação de pistas e sinais.
•Usar sugestões indiretas (cadê você?).
•Arremessar uma bola em uma cesta.
•Modelar/mediar uma seqüência do que se deve fazer.
•Planejar suas idéias - conversar sobre o que a criança necessita
para o seu dia.
•Guardar os brinquedos depois de brincar. (Noção de ordem).
•Desafiar, apresentar razões, negociar.
•Brincar interativamente. (Música use as mãos).
•Brincar de procurar o tesouro e use um mapa que explore o visual,
verbal e as pistas.
•Brincar com jogos cognitivos. (Parque, cozinhar). Atividades que
usem as artes e manufaturas (corte e cola, pinturas, etc.).
•Encorajar atividades atléticas (futebol, natação, ginástica e
outros).



Fontes:

Greenspan, Stanley I M.D & Wieder Serena, Ph.D., Wesley Addison
(reading,MA). The child with special needs: Encouraging Intellectual
and Emotional Growth. (1998). The most recent, comprehensive, and
parent oriented discussion of the use of floortime with children with
special needs.

terça-feira, 9 de março de 2010

Como integrar autistas com não autistas


Formar grupos com pelo menos um não autista para cada autista para encontros de 20 minutos três vezes por semana. O ideal é que o companheiro não autista tenha ou mais anos de idade. Após a atividade o grupo lancha junto.


Deve ser feito um programa de prioridades a serem trabalhadas para cada autista (ex. permitir a proximidade de outros, aprender a participar de uma roda). A família deve trabalhar concomitantemente no mesmo objetivo.

Desenvolver atividades muito interessantes, sempre com novidades para promover um ambiente especialmente positivo para todos. Deve haver uma rotina nas atividades. Dar prioridade para atividade que requeira a participação de todos (formar grupos com a mesma tatuagem ou colante na roupa ou formar um ônibus com os participantes). Deve-se evitar tarefas que exijam linguagem complexa ou coordenação motora fina.


O adulto interfere na atividade através de modificações do ambiente (manter um espaço limitado; identificar visualmente onde devem ficar) ou por dicas dadas para a criança não autista.
Ø Combinar antecipadamente com todos os participantes e familiares qual o tema do próximo encontro (ex. todos devem usar sua core preferida ou todos devem trazer algum objeto relacionado com páscoa / natal). A família deve estimular o assunto até o próximo encontro.

Orientação para crianças não autistas que convivem com autistas
Explicar que existem crianças que querem brincar com outras crianças mas que não sabem como fazer isto. Elas não sabem como fazer amigos e não sabem falar muito bem. Por isto elas precisam de ajuda.

Provavelmente as crianças dirão quem são estas crianças na turma.

Orientar para caso eles vejam que esta criança está sozinha durante uma atividade ou recreio, podem tentar pegá-la pela mão para trazê-la até o grupo. Mas que é importante ser persistente pois a criança pode não responder prontamente.

Para brincar com esta criança o ideal é tentar fazer inicialmente a mesma coisa que ela estiver fazendo e aos poucos tentar ir mudando para algo diferente que você quer fazer
Falar devagar e com frases curtas. Brinque falando o que você está fazendo e o que pretende fazer.
Oriente a ignorar os comportamentos estranhos como as estereotipias ou os gritos.
Tratamento
Infelizmente não existe um tratamento curativo para o autismo.
Sabe-se hoje que algumas técnicas comportamentais e educacionais trazem beneficio quando iniciadas precocemente. O ideal e que tais intervenções sejam iniciadas antes dos quatro anos de idade.
Neste contexto, o papel da escola é fundamental. É neste momento que a criança tem contato natural com outras crianças. O ideal é que a criança freqüente uma escola regular onde as outras crianças não apresentam as dificuldades de comunicação e sociabilidade que a criança do espectro autístico apresenta.
Porém, não basta colocá-la no grupo. Sem intervenção adequada, a criança tende a permanecer isolada, sem dirigir a atenção para a atividade e se auto-estimulando com objetos ou brincadeiras repetitivas.
O ideal é a criança estar na escola regular com a presença de um facilitador.
Papel do Facilitador
O papel do facilitador é funcionar como intermediário nas questões sociais e de linguagem. O objetivo é ensinar para a criança com sintomas do espectro autístico como participar das atividades sociais, como se relacionar com crianças da sua idade e o que se espera dela em cada situação. Em alguns momentos é necessário traduzir a informação auditiva (ordens verbais) em informações visuais, apontando ou mostrando figuras relacionadas com o que foi dito.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Método Floortime


FLOORTIME

Desenvolvido pelo psiquiatra infantil Stanley Greenspan, Floortime (ao pé da letra tempo no chão) é um método de tratamento que leva em conta a filosofia de interagir com uma criança autista. É baseado na premissa de que a criança pode melhorar e construir um grande círculo de interesses e de interação com um adulto que vá de encontro com a criança independente do seu estágio atual de desenvolvimento e que o ajuda a descobrir e levantar a sua força.
A meta no Floortime é desenvolver a criança dentro dos 6 marcos básicos para a plenitude do desenvolvimento emocional e intelectual do indivíduo. Greenspan descreveu os 6 degraus da escada do desenvolvimento emocional como: noção do próprio eu e interesse no mundo; intimidade ou um amor especial para a relação humana; a comunicação em duas vias (interação); a comunicação complexa; as idéias emocionais e o pensamento emocional. A criança autista tem dificuldades em se mover naturalmente através desses marcos, ou subir esses degraus, devido à reações sensoriais exacerbadas ou diminuidas e/ou a um controle pobre dos comandos físicos.
No Floortime, os pais entram numa brincadeira que a criança goste ou se interesse e segue aos comandos que a própria criança lidera. A partir dessa ligação mútua, os pais ou o adulto envolvido na terapia, são instruídos em como mover a criança para atividades de interação mais complexa, um processo conhecido como " abrindo e fechando círculos de comunicação". Floortime não separa ou foca nas diferentes habilidades da fala, habilidades motoras ou cognitivas, mas guia essas habilidades propriamente, enfatizando o desenvolvimento emocional. A intervenção é chamada Floortime porque os adultos vão para o chão, para poder interagir com a criança no seu nível e olho no olho.
PARA ENTENDER MELHOR - Link de fotos de uma escola para autistas nos EUA ( Escola chamada "Celebrando as Crianças") que utiliza o Floortime.
http://www.time.com/time/photoessays/2006/autismschool/
FOTO DA CAPA: O paraprofissional Dan Cherry entra no Floortime com Alex Jimenez na escola de Linden. A meta nesse método de ensino é fazer uma conecção emocional mesmo com a mais prejudicada das crianças.
1ª FOTO: Cresça e Brilhe! O professor dançando com o estudante durante o "ciclo da manhã" que ajuda a elucidar as mudanças emocionais, a atenção e a participação.
2ª FOTO: O Tráfego! 3 estudantes na linha de chegada de um jogo chamado: "luz vermelha, luz verde", o qual é usado para reforçar o equilíbrio e o planejamento das habilidades motoras dos estudantes.
3ª FOTO: Jogo de Concentração! Um estudante joga travesseirinhos de feijão dentro de um balde, pendurado numa espécie de balanço, como parte de um reforço para estimular o sistema sensorial das crianças e aumentar a capacidade de pensar e se relacionar com situações novas.
4ª FOTO: A Teoria do Fio! A professora "embrulha" o estudante com barbante durante o "ciclo da manhã" quando a criança interage jogando e cantando. Isso ajuda aos estudantes e ao staff a dividir emoções e resolver os problemas.
5ª FOTO: O Plano de Ação! Rotinas visuais como esta da foto são usadas para ajudar e dar suporte as habilidades do estudante em planejar e seguir as atividades a cada dia.
6ª FOTO: Hora de estorinhas! Estudantes e a professora numa hora de relaxamento depois do almoço.
7ª FOTO: Relaxando o estresse! Um estudante mais velho mostrado aqui lendo e relaxando as tensões apertando uma bolinha de borracha, assim ele é encorajado a utilizar objetos sensoriais discretos para dar suporte ao seu equilíbrio emocional e ajudá-lo a pensar e participar por longos periodos. O simples uso desse tipo de ferramenta, pode fazer uma grande diferença nas habilidades de serem bem sucedidos nas atividades escolares.
8ª FOTO: Cheque Mate! 2 estudantes mais velhos jogando xadrez nas suas horas de descanso, uma hora em que muitos escolhem participar de atividades intelectuais. Assim os bons amigos estão aprendendo a respeitar as diferenças e reconhecer as suas próprias necessidades sensoriais.
9ª FOTO: Laços que unem! 2 alunos se beijando e se abraçando enquanto se balançam numa gangorra na sala sensorial, onde os alunos são encorajados a trabalhar em pares e se unir em atividades de integração sensorial.
10ª FOTO: O Construtor! Um aluno posa junto a sua escultura feita de macarrão espagueti e marshmallows. Os estudantes constroem estruturas do tipo pirâmides e cubos enquanto aprendem sobre desenho e equilíbrio.
O modelo D.I.R. com abordagem Floortime é o modelo baseado no Desenvolvimento funcional, nas diferenças Individuais e na Relação e tem vindo a ser desenvolvido, com a obtenção de resultados encorajadores, pelo Interdisciplinary Council on Developmental and Learning Disorders (ICDL), dirigido por Stanley Greenspan e Serena Wieder, nos EUA.
É um modelo de intervenção intensiva e global, que associa a abordagem Floortime ao envolvimento e participação da família (devido à importância da sua relação emocional com a criança), e às diferentes especialidades terapêuticas que trabalham numa equipa interdisciplinar (terapia ocupacional, terapia da fala, psicologia, etc.) e a articulação e integração nas estruturas educacionais. (Silva, Eira, Pombo, Silva, Martins, Santos, Bravo & Roncon, 2003)
Este modelo tem como objectivo a formação dos alicerces para as competências sociais, emocionais e intelectuais das crianças, em vez de se focar nas competências e nos comportamentos isolados. O Floortime “tempo de chão” é uma técnica em que o terapeuta segue os interesses emocionais da criança (liderança) ao mesmo tempo que a desafia a ir em direcção ao maior domínio das capacidades sociais, emocionais e intelectuais. ou seja, usa o que a criança inicia para expandir. Assim, ajudamos a criança a criar relações e a interagir e envolver-se connosco ao mesmo tempo que tornamos os comportamentos sem estereotipados da criança em algo com um objectivo (por exemplo, se a criança começar a bater com as mãos numa mesa nós tentamos associar esse gesto a uma música que inclua o “bater na mesa”; e sempre que ela fizer isso nós repetimos a música, até esse gesto ser feito com a intencionalidade de ouvir/cantar a música).
Com crianças mais pequenas estas interacções durante o brincar podem ser feitas no chão “floor” mas que depois podem evoluir para outros locais. (Greenspan & Wieder)
Após a avaliação do nível de Desenvolvimento funcional da criança, as diferenças Individuais e as Relações com o prestador de cuidados e com os pares, a equipa vai, em conjunto com os pais, desenvolver um perfil de funcionalidade para aquela criança que serve como base para um programa de intervenção único e especifico para a criança. (Greenspan & Wieder)
O programa de intervenção baseado no modelo DIR com abordagem Floortime inclui os seguintes componentes especificados individualmente:
Programa dirigido a casa
Sessões de Floortime: Onde se encoraja a tomada de iniciativa, o comportamento adequado e o desenvolvimento de capacidades simbólicas através do jogo simbólico/dramático ou através de conversas, sempre seguindo a liderança da criança. Tal como o terapeuta faz nas suas sessões.
Resolução de problemas semi-estruturado: Através de desafios dinâmicos e com significado para serem resolvidos de modo a ensinar algo novo à criança.
Actividades motoras, sensoriais, visuo-espaciais, auditivas e de integração sensorial: Estas actividades são adequadas às diferenças individuais da criança, construindo capacidades básicas de processamento e dando suporte para ajudar a criança a envolver-se, ter atenção e auto-regular-se na interacção com os outros.
Jogo de pares com outra criança: o jogo de pares deve ser começado quando uma criança está totalmente envolvida e em interacção, com os pais a intervirem mediando a brincadeira quando necessário de modo a encorajar o envolvimento e interacção entre as crianças; por exemplo se cada uma das crianças estiver a brincar com o seu brinquedo sem interagir uma com a outra (jogo paralelo), os pais tentam criar uma ponte entre os dois brinquedos para as crianças podem brincar juntas (jogo interactivo).
Exemplo de um pai numa sessão de Floortime em casa
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