sábado, 6 de março de 2010
Palestra no RIO de Janeiro
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Fui convidada para ser uma das palestrantes deste evento, onde vou falar para os professores presentes dicas de como ensinar alunos autistas.
A entrada é franca, mas é necessário se cadastrar pelo e-mail: contato.cissaude@gmail.com
ou tel: 2290-1004.
quinta-feira, 4 de março de 2010
Jenny McCarthy recupera filho com autismo
Evan, filho de Jenny com o ex-marido John Asher, foi diagnosticado com a doença em 2005, quando tinha três anos de idade, recentemente Jenny escreveu um livro sobre o tema relatando sua experiência, "Louder than Words: A Mother's Journey em Healing Autism".
No programa de entrevistas Larry King ela disse recentemente: "Muitas dessas crianças têm Cândida, que é supercrescimento de levedura. Depois que eu limpei o intestino do Evan colocando para fora toda a Candida - e eu vou dizer isto muito claramente - ele se tornou uma criança típica". "Ele começou a falar completamente. Seu desenvolvimento social retornou. Ele está agora em uma escola para crianças típicas. Ele está entendendo tudo muito melhor. E a minha história não é a única. "
"Em 1983, o calendário de vacinas era de 10. Dez vacinas dadas. Atualmente, há 36, e um monte de gente que não sabe disso. Não acredito que as vacinas sejam a única causa para o autismo. Eu acredito que elas possam ser um gatilho. Há alguma coisa que enfraquece o sistema imunológico dessas crianças, e elas talvez não possam processar as vacinas. "
"Eu não acho que sejam exclusivamente as vacinas. Acho que são as toxinas que existem no ambiente e os pesticidas. É como uma espécie de acúmulo de fatores. Se você puder encher um balde de todas as coisas que acontecem com essas crianças, se elas tiverem um fraco sistema imunológico, claro que toda esta porcaria vai sobrecarregar ".
quarta-feira, 3 de março de 2010
O Fantástico Tito Rajarshi Mukhopadhyay
Madhusree Mukerjee Scientific American junho/2004 Tradutor: Roberto Bech, para a Comunidade Virtual Autismo no Brasil
terça-feira, 2 de março de 2010
Breno - O poliglota
DEZ FATOS SOBRE O AUTISMO
Pais de crianças autistas rapidamente se tornam autoridades no assunto, mas e quanto aos parentes, professores, treinadores, primos? Pouca gente, além da família mais próxima, tem vontade de ler 20 páginas escritas pelos órgãos de saúde. Este pequeno artigo traz uma leitura rápida para quem deseja saber mais.
1—Autismo se apresenta como um espectro.
A pessoa portadora de autismo poderá tê-lo em grau mais leve ou mais acentuado. Assim é possível ser um orador ser brilhante em outras atividades, como também pode ter limitação intelectual e ser pouco falante. Um mal que abrange tão larga margem de sintomas é chamado de “espectro autista”. O mais significativo sintoma é a dificuldade de comunicação social.
2—Síndrome de Asperger é uma forma de autismo.
A síndrome de Asperger é considerada uma parte do autismo. A única diferença significativa é que as pessoas portadoras da síndrome de Asperger desenvolvem a capacidade da fala no devido tempo e aquelas portadoras de autismo demoram mais para falar. Pessoas com Asperger são, geralmente, capazes e bem falantes, mas têm dificuldade no contato social.
3—Portadores de autismo são diferentes entre si.
Se você assistiu “Rain Man” ou algum programa de TV sobre autismo, pensará que sabe como é o autismo. Na realidade, quando você conhece um autista, você conhece UMA pessoa com autismo. Alguns são faladores, outros calados, muitos sofrem com problemas gastrointestinais, dificuldades para dormir etc.
4—Há vários tratamentos para o autismo, mas não há cura.
Até onde alcança a ciência médica, não há, no presente, cura para o autismo. Mas, não se diga que não há melhoras, pois muitos autistas melhoram muito. De qualquer modo, mesmo com melhoras significativas, continuam a ser autistas, o que significa pensar e compreender de forma diferente de outras pessoas. Crianças com autismo podem receber diversos tipos de tratamentos, que poderão ser médicos, comportamental, de desenvolvimento e até baseado nas artes. Dependerá da criança qual o tratamento que lhe trará mais sucesso.
5—Há muitas teorias sobre as causas do autismo, mas não há consenso a respeito.
Você poderá ter visto ou ouvido notícias sobre possíveis causas do autismo. As teorias vão desde o mercúrio existente nas vacinas das crianças à causas genéticas, a idade dos pais e muito mais. Atualmente, a maioria dos pesquisadores pensa que o autismo é causado por uma combinação de fatores genéticos e fatores ligados ao meio ambiente e é possível que os sintomas que afetam diferente pessoa tenham causas distintas.
6—O autismo é um diagnóstico para a vida toda.
Muitas vezes, mas não sempre, o tratamento precoce do autismo faz com que os seus sintomas diminuam consideravelmente. Portadores de autismo são capazes de aprender habilidades que os ajudam a suplantar suas dificuldades. Mas, uma pessoa com autismo, provavelmente será autista por toda a vida.
7—Família com pessoa autista precisa de ajuda e apoio.
Mesmo o autismo “leve” é um desafio para os pais. O “grave” pode ser difícil de suportar. As famílias poderão sofrer uma tensão muito forte e necessitarão do apoio de todos. Uma grande ajuda é cuidar do autista enquanto aqueles que o fazem permanentemente possam relaxar um pouco.
8—Não há a “melhor escola” para uma criança com autismo.
Você pode ter ouvido falar de uma “escola maravilhosa” para autistas ou poderá ter lido o excelente desempenho de uma criança numa determinada sala de aula. Enquanto uma sala pode ser perfeita pra uma determinada criança, cada portador de autismo tem suas necessidades próprias. Incluir uma criança numa turma regular poderá não ser a melhor solução; as decisões sobre a educação de um autista são geralmente feitas em reuniões dos pais, professores e terapeutas que conheçam muito bem a criança.
9—Há muitos mitos sobre o autismo.
A imprensa está cheia de histórias sobre o autismo e muitas não são verdadeiras. Por exemplo, você poderá ter lido que os autistas são “frios” e sem sentimentos ou que nunca se casam ou trabalham produtivamente. Cada autista é diferente do outro, logo não se pode estabelecer “regras” para todos.
Para compreender um autista, é aconselhável que se passe algum tempo junto a ele, ou ela, para realmente conhecê-lo.
10—Autistas têm habilidades e pontos fortes.
Pode parecer que o autismo seja um diagnóstico totalmente negativo, mas quase todos os autistas têm muito a oferecer ao mundo. Pessoas com autismo estão entre as mais sinceras, imparciais e apaixonadas que você encontrará. São candidatos ideais para muitas carreiras profissionais.
Top 10 Facts About Autism
By Lisa Jo Rudy, About.com
Created: June 21, 2007
segunda-feira, 1 de março de 2010
Molly - Experimentando a vida
Sinopse: Elisabeth Shue interpreta Molly, uma jovem autista que sai do período de internação e fica sob os cuidados de seu irmão, Buck (Aaron Eckhart). Ele permite que a irmã inicie um tratamento experimental. Molly se transforma em um gênio, com inteligência superior, para a surpresa de Buck. Mas esse progresso acaba sendo relativo, já que Molly não se livra completamente da sua extrema concentração autista. Buck e sua irmã enfrentam agora outro grande desafio.
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Genes dos pais estão competindo
Benedict Carey Do 'New York Times'
Dois cientistas, esboçando sobre seus próprios poderes de observação e uma leitura criativa de recentes descobertas genéticas, publicaram uma envolvente teoria de desenvolvimento cerebral que pode mudar a forma como são compreendidas as doenças mentais como autismo e esquizofrenia.
A teoria surgiu em parte do pensamento sobre os eventos, aparte de mutações, que podem mudar o comportamento dos genes. E ela sugere caminhos inteiramente novos de pesquisa que, mesmo provando que a teoria é falha, provavelmente oferecerão novas percepções à biologia da doença mental. Em um tempo onde a busca pelas falhas genéticas responsáveis pelas doenças mentais se tornou atolada em descobertas incertas e complexas, a nova idéia presenteia a psiquiatria com talvez sua maior teoria de trabalho desde Freud, e uma que é fundamentada em trabalhos na vanguarda da ciência.
Os dois pesquisadores – Bernard Crespi, biólogo da Universidade Simon Fraser no Canadá, e Christopher Badcock, sociólogo da Escola de Economia de Londres, ambos novatos no campo da genética comportamental – publicaram sua teoria numa série de recentes artigos de jornal. “A realidade, e imagino que os dois autores concordariam, é que muitos dos detalhes de sua teoria estarão errados; e continua sendo, neste ponto, apenas uma teoria,” disse o Matthew Belmonte, neurocientista da Universidade Cornell. “Mas a idéia é plausível. E dá a pesquisadores uma ótima oportunidade para a geração de hipóteses, algo que, na minha opinião, pode abalar o campo no bom sentido.” A idéia é, em linhas amplamente gerais, bastante direta. Crespi e Badcock propõem que um cabo-de-guerra entre genes dos espermas do pai e dos óvulos da mãe pode, efetivamente, desviar o desenvolvimento cerebral de uma ou duas maneiras.
Uma forte propensão em direção ao pai empurra um cérebro em desenvolvimento ao longo do espectro autista, com fascinação por objetos, padrões, sistemas mecânicos, em detrimento do desenvolvimento social. Uma inclinação em direção à mãe move o cérebro em crescimento ao longo do que os cientistas chamam de espectro psicótico, com a hipersensibilidade ao humor, seja o próprio ou o dos outros. Isto, de acordo com a teoria, aumenta o risco de uma criança desenvolver esquizofrenia mais adiante, assim como problemas de humor como distúrbios bipolares e depressão.Em resumo: o autismo e a esquizofrenia representam extremos opostos de um espectro que inclui a maior parte das doenças mentais desenvolvidas -- se não todas. A teoria não faz uso das muitas categorias distintas para doenças da psiquiatria, e daria uma dimensão inteiramente nova a descobertas genéticas. “As implicações empíricas são absolutamente enormes”, disse Crespi numa entrevista por telefone. “Se você encontra um gene ligado ao autismo, por exemplo, vai querer olhar o mesmo gene relativo à esquizofrenia; se é um gene de cérebro social, então seria esperado ter efeitos opostos nessas doenças, não importa se a expressão de gene estava ligada ou desligada”. A teoria se baseia pesadamente na obra de David Haig de Harvard. Foi Haig quem argumentou nos anos 90 que a gravidez era, em parte, uma luta biológica por recursos entre a mãe e a criança que ainda não nasceu. Por um lado, a seleção natural deveria favorecer as mães que limitam os custos nutricionais da gravidez e têm maiores descendências; por outro lado, também deveria favorecer os pais cujas descendências maximizam os nutrientes recebidos durante a gestação, instalando um conflito direto. A evidência de que essa luta está sendo travada no nível de genes individuais é acumulativa, mesmo que geralmente circunstancial. Por exemplo, o feto herda de ambos os pais um gene chamado IGF2, que promove o crescimento. Mas crescimento excessivo taxa a mãe, e no desenvolvimento normal seu gene IGF2 é quimicamente sinalizado, ou “carimbado,” e biologicamente silenciado. Se o seu gene estiver ativo, pode causar uma desordem de supercrescimento, pela qual o peso de nascimento do feto fica em média 50% acima do normal. Biólogos chamam esse carimbo no gene de efeito epigenético, significando que ele muda o comportamento do gene sem alterar sua composição química. Não é questão de ligar ou desligar um gene, algo feito pelas células no curso do desenvolvimento normal. No lugar disso, é questão de cobrir um gene, por exemplo, com um marcador químico que torna difícil para a célula ler o código genético; ou alterar a forma da molécula de DNA, ou o que acontece às proteínas que ele produz. Para ilustrar como tal transformação genética pode criar opostos comportamentais -- o yin e yang que a teoria propõe -- Crespi e Badcock apontam a um extraordinário grupo de crianças que são simplesmente isso: opostos, tão temperamentalmente diferentes como Snoopy e Charlie Brown, como um Gaugin cheio de vida e um ameaçador Goya. Aqueles com a doença genética chama Síndrome de Angelman praticamente dançam o dia todo, têm dificuldades de comunicação e necessitam de cuidados constantes. Aqueles nascidos com o problema genético conhecido como Síndrome de Prader-Willi são plácidos, complacentes e, quando jovens, não dão muito trabalho. Mas essas duas doenças, que aparecem em cerca de um a cada 10.000 recém-nascidos, derivam de rompimentos da mesma região genética no cromossomo 15. Se os genes do pai são dominantes nessa região, a criança desenvolve a síndrome de Angelman; se forem os da mãe, o resultado é a Prader-Willis, como apontaram Haig e outros. A primeira é associada ao autismo, e a segunda com problemas de humor e psicose -- exatamente como prevê a nova teoria. Problemas emocionais como depressão, ansiedade e doença bipolar, examinados por esta lente, aparecem no lado materno da gangorra, com a esquizofrenia, enquanto a síndrome de Asperger e outras deficiências sociais estão no lado paterno.
fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL861598-5603,00-GENES+DOS+PAIS+ESTAO+COMPETINDO.html