domingo, 26 de dezembro de 2010

Perólas de Natal


Breno adora o natal. Fica na espectativa para ganhar presentes, para falar com o papai noel...
E como não poderia deixar todo natal tem pérolas!
Confira o que rolou durante a semana.
Meu irmão e eu estávamos assitindo ao filme Sempre ao seu lado, que conta a história de um cachorro que fica esperando pelo dono, que morreu, todos os ias em frente a estação de trem que seu dono desembarcava. Chorei horrores! Fui para o banheiro para o Breno não ver, porque senão ele começa a chorar junto. Mas ele percebeu e foi na porta do banheiro perguntar se eu estava bem.
Quando saí do banheiro, comentei com a minha cunhada que nunca mais queria ver o filme, foi então que Breno surpreendemmtemente me consolou:

- Oh mãe é só um filme!

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Breno queria comer panetone. Ele é viciado em panetone.

- Mãe, tida. Tida mãe
- Tida? O que é isso?
- Eu vou Ti dá. Só um pouquinho, tá?

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- Mãe eu quero um dinossauro assustador de presente de natal.
- escreve uma carta pro papai noel.
- eu quero um presente de natal
- que presente?
- Presente de natal.
- Qual presente?
- Dinossauro assustador, jogo de memória do peixonauto, quebra-cabeça do peixonauta, cebolinha que toca guitarra, um patinete do Ben 10, um patins, uma pista da Hotweels, tênis de dinossauro...
- Meu Deus! você quer muita coisa.

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Na noite de natal, entrou uma mariposa dentro de casa, e eu tenho pavor. Comecei a gritar, tranquei a porta do quarto.
- Ai meu Deus é uma mariposa
-Não mãe é só um passarinho
- não filho é uma mariposa
- Nao tenha medo mãe
- Eu tenho medo de mariposa, filho
- Ai que nojo! Deve ser muito contagioso! (ele estava brincando, e botava a mão no rosto como se estivesse com nojo)

domingo, 12 de dezembro de 2010

Régis Rösing mostra como o esporte ajuda crianças com autismo a evoluir

Régis Rösing mostra como o esporte ajuda crianças com autismo a evoluir

Repórter do "Esporte Espetacular" revela como jovens autistas podem passar a interagir com o mundo exterior após terem contato com a ginástica olímpica

O autismo é classificado como um transtorno definido por alterações antes dos três anos de idade e que se caracteriza por alterações na comunicação, interação social e uso da imaginação. Crianças com autismo vivem em um mundo só delas, não interagem com o que há em volta. Para elas, o mundo interior é muito maior do que o exterior. Mas o trabalho de um ex-atleta de ginástica olímpica, o professor Rodrigo Brivia, está surpreendendo médicos especialistas no assunto e, principalmente, os pais dessas crianças.

Rodrigo usa todos os aparelhos da ginástica olímpica como parte do tratamento. Simula competição, vibração, faz os movimentos como se estivesse se apresentando com a criança do lado e, de repente, o que ele faz começa a ser imitado. As crianças pulam de alegria, brincam, e algumas começam a dizer as primeiras palavras.

O esporte como instrumento e ferramenta de interação tem sido a chave que está abrindo as portas para crianças autistas.Tudo que elas precisam é a combinação de atenção e amor. O repórter Régis Rösing foi conhecer de perto essa iniciativa, que acontece em uma academia de ginástica, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/programas/esporte-espetacular/noticia/2010/11/regis-rosing-mostra-como-o-esporte-ajuda-criancas-com-autismo-evoluir.html

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Cirurgia do Breno


Breninho operou na sexta-feira passada uma tumoração cervical e fimose. Nem preciso dizer que eu estava com o coração na mão.
Quando as enfermeiras vieram para levá-lo ao centro cirurgico ele já começou a dar piti. Mas aí o convencemos dizendo que ele ia andar de carrinho (maca) e que depoiis ia ganhar pirulito. Ele foi todo contente. Lá no centro cirurgico tem um quadrado por onde passa a maca e foi preciso os médicos pegá-lo a fora porque ele não queria entrar. Ele esticou os bracinhos chorando e me chamando e em seguida fecharam a porta na minha cara. Sái de lá chorando ao ouvir os gritos dele. Foi um Horror! Parecia que eu estava mandando meu filho para o matadouro. Foi a terrível sensação que tive. Pedi tanto a deus por ele.
Foram 1:30h de sofrimento eterno, quando finalmente meu bebê chegou no quarto dormindo. Mas quando as enfermeiras foram colocá-lo na cama ele despertou aos berros. Deitei ao lado dele e ele me agarrava, tremendo.
Pouco depois a enfermeira cometeu um erro e trouxe a comida dele sem que tivesse passado o efeito da anestesia e ele começou a passar mal, começou a roxear e apagou. Meu coração foi a mil. Por pouco a comida não foi pro pulmão dele.
Depois disso, ele tinha que urinar para ser liberado. Como Breno estava com muito medo, não urinava de jeito algum. E chorava e pedia pra ir embora, foi outro suplício. Mas quando viu que não tinha jeito, foi obrigado a ir ao banheiro. O resultado é que o Breno foi o primeiro a ser operado e o último a sair do hospital.
Em casa começou outra luta. Ele não deixa tocar nele, passar remédio nos curativos....
Na revisão médica outro escânda-lo. Não sei como será para tirar os pontos do pescoço. Só Jesus!
Mas apesar de tudo ele está bem graças a Deus! E quero agradecer a todos que oraram por ele. Muito obrigada!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Pérolas do Breno - O coelhinho


A mediadora do Breno levou um coelhinho na sala de aula. Quando ela foi falar o nome do coelho, ele entendeu que ela estava falando em inglês e a corrigiu:

- é rabbit!

Depois mais tarde ele me perguntou assim:

- mãe, coelhinho em inglês é rabbitinho?
- não filho, é litlle rabbit.
- Ah então litlle mamy é mamãezinha.

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Breno estva com a minha mãe brincando de falar com o nome completo da família, aí ele descobriu que a noiva do meu irmão tem como sobrenome da Silva. Na mesma hora ele raciocinou e respondeu assim:

- Ah então é por isso que eu sou Breno Willians.
- Não filho, você é da Silva por causa do seu pai e não por causa da sua tia.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Superação por amor à música


Limite é uma palavra que Saulo Laucas Pereira desafia desde que nasceu, há 26 anos. Nos primeiros dias de vida, a família descobriu que o menino era cego e, dois anos e meio depois, os médicos identificaram nele um autismo. Foi a música, aliada ao infinito amor da família e à incansável dedicação de sua mãe que mudaram o caminho de Saulo.

— Ele foi o sexto de dez filhos, e a primeira coisa que pensamos quando descobrimos que Saulo era cego foi “e agora?”.

O lema de nossa família sempre foi um por todos e todos por um, mas, nesse momento, nós nos fortalecemos e nos unimos ainda mais, sempre dando muito carinho a ele — conta a mãe de Saulo, Vanessa Laucas Pereira, de 60 anos.

Ela lembra que, quando criança, Saulo era hiperativo e só se tranquilizava quando ouvia música.

— Aos 10 meses, Saulo passou a ser estimulado por música clássica como parte do tratamento pediátrico.
Era a única maneira de mantê-lo calmo e sem chorar. Eu passei a falar cantando com ele — diz dona Vanessa, lembrando que sentia que alguma coisa ainda estava errada.

— Só quem é mãe entende. Ficava curiosa em saber como penetrar na vida dele, que parecia impenetrável.
Tempos depois, descobrimos o autismo. O desenvolvimento mental do menino foi todo feito por condicionamento. Ele era como um bichinho que teve de aprender de uma forma diferente.

Aos 7 anos, Saulo ganhou um pianinho de criança. A dedicação ao novo brinquedo animou a família a contratar um professor de piano e de canto para lhe dar aulas particulares. Logo, o menino estava executando clássicos da música. Outra surpresa estava por vir quando o professor afirmou que, além de
ser um gênio do piano, o garoto era dez vezes mais gênio no canto.

Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/bairros/posts/2010/09/05/superacao-por-amor-musica-321323.asp

sábado, 16 de outubro de 2010

Evoluções do Breninho

Breninho e a mediadora dele Juliana

Eu só tenho a agradecer a Deus por tudo o que tem acontecido de bom com meu filho.
Com relação a comunicação e a interação tem melhorado bastante. Agora ele atende telefone, quando estamos em algum lugar ele fala com as pessoas, embora ainda de forma inadequada e um pouco incoerente, mas existe a tentativa.
Não estou com muito tempo para atualizar o blog por causa dos compromissios profissionais, mas quando der um tempinho espero estar com muito mais novidades para vocês.
Breno vai ter que fazer uma cirurgia e peço que todos intercedam ao paiapai do céu pelo meu anjinho. Bjs!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Palestra Campanha Diagnóstico Precoce


Foi realizado nos dias 15 e 16 de Setembro, na Escola Estadual Heitor Lira a palestra referente a campanha Diagnóstico Precoce, intitulada "Autismo - seus mistérios e desafios". O intuito da palestra foi de levar conhecimento sobre a síndrome e orientar aos estudantes e mediadores a compreender o que é autismo e como lidar com seus comportamentos.

Foi distribuido material informativo sobre características e distribuição de alguns CDs do Dr Walter camargos.

O CORA deseja agradecer aos alunos, professores e direção da Escola estadual heitor Lira pelo carinho que nos foi dispensado.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Breninho na TV HOJE


O programa que falei foi ao ar hoje pela manhã, mas vai reprisar a tarde. Amanhã e quinta tem os outros dois que gravei. Segue abaixo os horários:

1° programa(terça-feira) - falei sobre autismo e como descobri
2° programa(quarta-feira) - falei sobre escola
3° programa(quinta-feira) - falei sobre o CORA

Band 06:40 e CNT 16;40 (ou 06:45, 16:45, não sei ao certo. São 10 min cada programa.)

sábado, 4 de setembro de 2010

PÉROLAS DO BRENO - BRENO NA TELEVISÃO


Ontem, eu e Breno gravamos uma entrevista para o programa Mulheres Vitoriosas, no canal CNT. O Breno se sentiu diante das câmeras. Ficou agitadíssimo! Eufórico!
A apresentadora, Drª Elizete Malafaia disse que não tinha problema dele ficar correndo pelo cenário, porque assim os telespectadores poderiam conhecer como é uma criança autista.
Breno acenou pra câmera,deu lingua.... Depois quando a apresentadora falou: estamos aqui com a Michele, mãe do Breno... Ele colocou a mão no peito e falou: sou eu!
Depois no meio da gravação ele me pediu: mãe eu quero fazer xixi.
Mas enfim, foi hilário! Ele se sentiu o máximo.
Foram 3 programas gravados, dois deles teve a participação da minha amiga Michely, presidente do CORA.
Quando o programa for ao ar vou avisar aqui no blog e depois foi postar aqui no blog tbm oso videos.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Autismo - Um convite à esperança

Diagnóstico precoce e educação intensiva ajudam a mudar a vida da criança autista.

A criança não balbucia uma palavra, não aponta objetos, não olha nos olhos das pessoas. São sinais típicos do autismo, doença que não tem cura e é vista por muitos como uma sentença definitiva. Veronica Bird, 42 anos, brasileira radicada nos Estados Unidos e mãe de um garoto com o problema, também achava que autismo era o fim de tudo. Não acredita mais nisso - e ninguém acreditaria mesmo, ao ver seu filho Ramsey, 7 anos. 'Ele vai à escola, tem amigos, faz esportes, é superamoroso', conta Veronica, ex-atriz que decidiu assumir grandes papéis na vida: cuidar do filho e da Veronica Bird Charitable Foundation, entidade divulgadora do autismo, com escritório também no Brasil, no Rio de Janeiro. Nesta entrevista a CRESCER, ela explica sua visão do problema e conta sua experiência.

Quando você soube que seu filho era autista?

Quando Ramsey tinha quase 2 anos de idade, de repente, ficou diferente: parou de falar, não olhava para mim, parecia totalmente surdo e batia os bracinhos como se fossem as asinhas de um beija-flor. Levei- o a três pediatras e ninguém descobria o que ele tinha. Um desses médicos, porém, achou que Ramsey tinha uma quantidade de secreção anormal nos ouvidos e por isso não escutava. Receitou para ele um antiinflamatório. Depois das primeiras doses, ele disparou a falar. Achei estranho e consultei um médico otorrino, que não encontrou nada no ouvido do meu filho. Aí, fui parar no chefão do setor de pediatria neurológica de um famoso hospital, o Johns Hopkins Medical School. Esse neurologista fez vários exames em Ramsey e diagnosticou o autismo regressivo, uma forma da doença que faz a criança perder habilidades que já tinha. Ele disse que o antiinflamatório que Ramsey havia tomado, chamado prednisona, estava em estudos para o tratamento de crianças autistas, que essa droga as fazia falar. O remédio tinha funcionado no meu filho.

Como você reagiu à notícia?

Chorei muito. Ao mesmo tempo, acho que liguei um piloto automático e comecei a agir. Minha família deu apoio, mas meu marido e a família dele não admitiam o problema. Nos Estados Unidos, tudo que se refere à saúde mental é tabu. As pessoas fazem segredinhos. Eu, ao contrário, decidi aprender tudo sobre autismo e fui constatando que essa doença não é o fim de tudo.

Como Ramsey foi tratado?

Após o diagnóstico, ele passou a freqüentar uma sala de educação especial com outras crianças autistas. E tomou a prednisona por cinco meses. Começou a falar e a escutar. Melhorava cada vez mais. Era a primeira vez que se usava o remédio numa criança com a idade dele, 2 anos na época. Algumas crianças autistas reagem bem a essa droga, mas ela ainda não foi aprovada para o tratamento da doença. Ninguém sabe por que funciona, e o remédio pode ter efeitos colaterais graves e levar à morte. Jamais deve ser tomado sem indicação médica.

O que funcionou mais, o remédio ou a educação especial?

Provavelmente, a combinação das duas coisas. Com os progressos do meu filho, descobri que o autismo é o resultado de uma desordem neurológica que afeta o desenvolvimento do cérebro. Por exemplo, uma criança de 3 anos aprende automaticamente a falar, comprimentar os outros, ir ao banheiro. Se tem autismo, não aprende assim, porque seu cérebro não está se desenvolvendo como deveria. É essencial que ela tenha uma educação especial intensiva, como o Applied Behavior Analysis (ABA) ou o Lovass. São métodos que induzem a uma forma de comportamento. Quando a criança faz o que se pede, ganha uma recompensa. O ABA é utilizado no Brasil pela Associação de Amigos do Autista (AMA) e pelo Centro de Referência e Apoio às Desordens do Desenvolvimento (CRADD). A criança com autismo precisa aprender tudo desse jeito e pela repetição, nem que seja fazendo cem vezes a mesma coisa.


Como está seu filho hoje?

Ramsey não precisa mais de tratamento. Tem limitações mínimas, puramente sociais. Por exemplo, tem amigos, mas nunca inicia uma amizade. Só fala do que interessa a ele, pois não percebe que o outro tem interesses. Mas é um garoto feliz, à maneira dele. Faz tudo sozinho. Estuda, lê e resolve cálculos melhor que outras crianças. Ele e meu outro filho, o Ryan, que tem 8 anos, têm uma professora de português. O Ramsey está aprendendo mais rápido, e o Ryan reclamou. Eu disse a ele: 'Você faz tanta coisa a mais do que seu irmão. Por que ele não pode fazer também?'.

Seu envolvimento com o autismo ajudou seu filho?

Foi tão importante quanto o apoio clínico e educacional. E também o fato de o diagnóstico ter sido precoce e ele ter tido acesso a um colégio apropriado já aos 2 anos de idade. Isso é essencial para a criança autista progredir, pois seu cérebro está se desenvolvendo até os 5 anos. Se todas as crianças autistas tivessem essa chance, muitas delas estariam mil vezes melhor. Se vocês conhecessem meu filho, não perceberiam nada. Tecnicamente, não posso dizer que ele está curado, pois o autismo não tem cura. Mas me dêem o nome de dez pediatras para eu levá-lo a uma consulta e, garanto, todos vão dizer que ele não tem nenhum problema.

Filme da vida real

Veronica Bird registrou em vídeo a evolução do tratamento do seu filho Ramsey. A produção deu origem ao filme The different shades of autism (As diferentes formas de autismo), feito para orientar médicos, pais e psicólogos a reconhecer os primeiros sinais da doença. O trabalho foi aprovado pela academia pediátrica norte-americana, ganhou vários prêmios e tornouse um recurso adicional de ensino nas escolas de medicina. 'No Brasil, estou buscando uma parceria com o governo federal para reprodução e distribuição do filme em português. Meu objetivo é que, em menos de um ano, ele esteja nas universidades e bibliotecas, com os pediatras e pais', diz Veronica.

Para saber mais:

Fundação Veronica Bird, Avenida das Américas, 700, sala 229, bloco 6, Citta America, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ, CEP 22640-100, Tel: (21) 3803-8080 /3803-7765 /3803- 7145, e-mail vbcf@citta-america.com, www.aheadwithautism.com (com versão traduzida para o português).


fonte: http://revistacrescer.globo.com/Crescer/0,19125,EFC406138-2337-1,00.html

sábado, 21 de agosto de 2010

O que é Bullying?


Bullying é algo que pode te machucar no interior ou no exterior:

• bullying doi do lado de fora se alguém bate em você ou te machuca fisicamente
• bullying magoa por dentro, se alguém te chama de nomes ruins para provocá-lo, e fere seus sentimentos.

Aqui estão algumas outras coisas sobre o assédio moral:
• bullying é feito de propósito
• bullying não é um acidente. Se alguém te machuca durante um jogo por acaso, isso não é assédio moral
• se cada vez que você jogou um jogo, alguém te magoar seus sentimentos, isso é bullying
• bullying acontece mais de uma vez
• bullying é errado
• ninguém tem o direito de te magoar ou te fazer sentir mal.

Como você pode sentir se está sendo intimidado:

• doente
• com dor
• preocupado ou estressado
• frustrado
• isolado
• solitário
• não quer ir para a escola
• têm dificuldade para comer ou dormir • vulnerável
• assustado • quer se machucar ou machucar os outros
• desamparado
• sintir que ninguém está te ouvindo
• não se sentem muito bem consigo mesmo.

O que você pode fazer quando estiver sendo intimidado.

Bullying não vai desaparecer por si mesmo. O bullying pode piorar se você ignorá-lo. Lembre-se, se você estiver sendo intimidado, não é culpa sua. Ninguém merece ser intimidado.
Diga para alguém
Pode ser muito difícil falar de coisas ruins que aconteceram para nós. Também pode ser muito difícil falar como essas coisas ruins nos fazem sentir, no entanto, é muito importante que você diga a alguém se estiver sendo intimidado. O bullying não vai parar a menos que você conte a alguém sobre o bullying.
Se você não sente vontade de conversar com alguém, você poderia tentar escrever uma nota sobre o assédio moral a seus pais ou de alguém que cuida de você. Você poderia escrever sobre o bullying em um livro ou se preferir enviar um texto ou e-mail explicando que está sendo intimidado.
O que você escrever ou falar deve incluir a forma como o bullying tem feito você se sentir. Pode ser mais fácil escrever ou falar com alguém de fora de sua família imediata, como um avô, primo, tio ou tia e pedir ajuda. Se isso não for possível, você pode dizer a um professor ou um médico.


Manter seguro.
Esta página fala sobre algumas maneiras que você pode manter a segurança ou lidar com valentões.
Tente ficar longe de intimidações ou ficar com um grupo de outros alunos ou amigos quando você não se sentir seguro. Pergunte aos seus amigos ou alguém que você pode confiar para olhar por você.
• Com um amigo ou alguém da sua família pratique respostas Isto significa ter uma resposta a um insulto ou algo desagradável um valentão pode dizer para você. Por exemplo:

Bully: "Seus sapatos são horríveis."
Você: "Esta é a sua opinião. ou "Eles são confortáveis.

• Pratique ter respostas para as coisas que um valentão pode dizer para você, e talvez escrever essas respostas abaixo. O tirano pode dizer coisas sobre como o seu olhar, sua família ou coisas que você gosta de fazer. Por exemplo:
... Isto é o que vou dizer quando o bully diz algo sobre como eu olho.
... Isto é o que vou dizer quando o bully diz algo sobre a minha família.

• Tendo que lidar com um bully ou bullies é assustador para todos. É importante reconhecer que você está com medo e fugir do assédio moral. Você pode achar difícil de reconhecer emoções como medo, então você pode pedir a um adulto ou um amigo para passar algum tempo a ensinar-lhe mais informações sobre diferentes sentimentos e o que fazer quando você experimentá-los.

• Você também pode pedir a um adulto ou amigo para ajudar você a entender a linguagem corporal e contato visual - sua própria linguagem corporal e a linguagem corporal do provocador.


E se você é o valentão?

Se os jovens em torno de você são bullying e você sente que pode ser deixada de fora se você não participar, você pode tornar-se um tirano.
Alguns jovens pensam que o bullying é uma forma de obter respeito. Isso não é verdade. Bullying causa muita miséria para quem está intimidado. Lembre-se, você não tem a opção de intimidar outros.
Se você pratica intimidação de outros alunos, você precisa buscar ajuda. Assim como se você estiver sendo intimidado, é importante falar com um adulto que você pode confiar se tiver começado a ser um provocador. Não se preocupe em ficar em apuros. É preciso coragem para admitir que você tem um valentão e um adulto poderia ajudá-lo a descobrir por que você está sofrendo intimidação de outros alunos e ajudá-lo a deixar de ser um provocador.
Às vezes, se você não se sentir bem consigo mesmo, você pode começar a intimidar outras pessoas. Um adulto pode ajudá-lo a encontrar outras maneiras para fazer você se sentir melhor sobre si mesmo.

O que você pode fazer se o seu professor é bullying você?

Os professores da sua escola tem o dever de cuidar de você. Se ele te intimidar, ofender, então está sendo desleal. Você tem o direito e não pode ser feito para se sentir estúpido, ser xingado ou punido injustamente.
Fale com um outro professor que você pode confiar e contar o que está acontecendo. Ou tente falar com seus pais ou outra pessoa que cuida de você.

Algumas coisas que você pode achar difícil.

Informações sobre algumas coisas que os jovens com autismo, acham difícil, como fazer amigos, ou saber o que fazer durante intervalos na escola.
Fazer amigos
Um menino com síndrome de Asperger, diz:
“Eu quero fazer amigos, mas eu não sei como. Em minha última escola eu era maltratado e chutado e não tem nenhum amigo. As crianças na escola parecem estar bem, mas eu sei quando vou fazer algo errado. “
Você pode achar que é difícil fazer amigos. Você pode achar que é muito difícil começar a falar com alguém que você não conhece pela primeira vez e saber o que falar. Você também pode não saber quando parar de falar e deixar a outra pessoa para falar.


Aqui estão alguns conselhos para ajudá-lo a fazer amigos:
• decidir quem você vai falar e o que você gostaria de falar com a pessoa
• olhar para ver se eles podem falar de imediato e se estão fazendo seus trabalhos escolares ou outras atividades
• ir até eles e dizer 'Olá'
• esperá-los a dizer 'Olá' para você
• pergunte-lhes como elas são
• esperar por sua resposta
• fazer uma pergunta particular sobre si mesmos.


A conversa pode ser sobre, por exemplo, coisas que estão acontecendo na escola, um programa de TV que você assistiu, os planos para o final de semana ou algo que você comprou. Pense em uma conversa entre duas pessoas como uma atividade de troca de turno. Durante uma conversa, é bom falar de si mesmo e sua própria vida, mas também é bom ouvir sobre o que a outra pessoa tem a dizer.
Às vezes, você pode achar que é difícil saber quando parar de falar. Você pode procurar por sinais de que pode dizer que a pessoa quer falar ou precisa seguir em frente. Estes sinais podem incluir, por exemplo, olhando para longe de você em outras coisas acontecendo ao seu redor e mostrando sinais de realmente não quer ouvi-lo mais. Quando alguém parece não estar ouvindo, você pode dizer, por exemplo, 'foi bom falar com você.tchau!”
Você pode ter um amigo ou alguém que você pode confiar em quem pode apoiá-lo na compreensão das regras de conversas com os outros.

O que faz um bom amigo?
Você pode achar que é difícil saber quando alguém está sendo bom e, quando alguém está sendo desagradável. Pergunte a um adulto para ajudá-lo a ordenar imagens ou fotografias de pessoas, diferentes expressões faciais, para ajudar a identificar emoções diferentes.


Um bom amigo é uma pessoa que:
• é educado
• oferece para ajudar os outros com o seu trabalho ou se oferece para levar as coisas para você
• convida outras pessoas para participar
• É acolhedor com novos alunos na escola
• está disposto a compartilhar
• irá ajudá-lo
• é justo
• vai te confortar, se você está chateado
• Ouvir você.

Intervalo na escola.
Intervalo na escola pode ser difícil. Você pode não saber o que fazer durante o intervalo ou o que fazer. Você pode se sentir isolado e muito solitário. Você pode querer conversar com outros alunos, mas talvez você não saiba como fazer isso. História Social pode ser útil. Uma história social é uma breve descrição de uma situação particular que mostra o que fazer na situação ou o que esperar dele. Você pode pedir a um amigo ou um adulto para anotar o que fazer em situações especiais, onde você pode precisar falar com alguém.

Fonte: www.corautista.org

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

PÉROLAS DO BRENO - Cachorra Kira


Nós temos uma cachorra que se chama Kira. Embora Breno tenha medo de cachorros em geral, incluindo a Kira, ele a adora. Em raros momentos ele já "montou nela", fez carinho na kira e abraçou.
Uma vez, a kira estava tomando banho e o tempo estava um pouco frio e comentamos: " a Kira está com frio". Breno imediatamente correu pro quarto e trouxe seu casaco para que colocássemos na cachorra,rsrsrsrsrs.

sábado, 7 de agosto de 2010

Avaliações cognitivas


Ontem levei Breno para iniciar as avaliações cognitivas. O Médico pediu por causa das suas habilidades em línguas.
Desde as férias Breno está meio irradiço e muito ecolálico, e isso não acontecia há mais de 2 anos. Ainda não sei o que ocasionou esse retrocesso. Em contrapartida, desde semana passada sua capacidade linguística aumentou muito. Ele está falando frases e pequenos contos infantis em inglês e espanhol. Adora assistir videos estrangeiros no youtube.
Com relação a interação social ele está indo muito bem. Quando vê uma criança se aproxima e chama pra brincar. Quando o telefone toca ele quer atender. Às vezes, quando falo com minhas amigas ele pede pra falar com elas.
Enfim, é uma luta constante entre os progressos e retrocessos.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Conte-nos sua história


Semanalmente eu recebo e-mails de todo país de pais que querem compartilhar comigo os avanços e angustias relacionados com seus filhos. E é muito bom ouvir histórias de superação porque nos dá mais ânimo para enfrentarmos as adversidades.
No site do CORA temos o espaço depoimentos e a quem interessar e quiser compartilhar sua história de superação, mande-nos um e-mail para contato@corautista.org com uma foto e uma autorização de publicação, por exemplo:
Eu.....autorizo a publicação da minha história e foto para o site www.corautista.org .


Sua experiência de vida pode ajudar muitos pais e profissionais.

terça-feira, 27 de julho de 2010

PÉROLAS DO BRENO - Eu quero dinheiro


HOje Breno me deu o que fazer. Meu irmão deixou o DVD do filme A Era do Gelo cair no chão e ele quebrou. Desde então Breno perturba por causa desse DVD. Aí passando pela Casa e Video, Breno viu o filme e queria de qualquer jeito. Tentei explicar que não tinha dinheiro.
Aff, o escândalo estava armado. Breno se jogou n chão, gritou bem alto:

- Eu quero trabalhar, eu quero trabalhar.

Ele falou em trabalhar porque eu sempre digo que a gente trabalha pra ganhar dinheiro,rsrsrsrsr.
Depois ligou pro meu irmão chorando pedindo o DVD. Meu irmão disse que vai comprar, mas ele está tão ansioso que toda hora me pergunta onde está o titio.

Palestra na Escola Eurico Dutra




NO dia 20/07 o CORA realizou uma palestra para pais na Escola Municipal Eurico Dutra.
Os pais presentes destacaram a necessidade de ter um centro de atendimento em nossa região, discutimos sobre os problemas em nossa comunidade e como iremos buscar a solução para todas as questões levantadas.
Além da equipe do CORA estavam presentes Adriana Fernandes, fonoaudióloga do Instituto Fernandes Figueira e Hospital Getúlio Vargas; Cláudia Christina, Terapeuta Ocupacional do Núcleo Social Daniela Santos; A própria Daniela Santos, falando sobre o Núcleo Social.
Valéria, professora da classe especial do Eurico Dutra também palestrou sobre a importância da aceitação.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Campanha pelo diagnóstico precoce



O CORA iniciou uma camopanha na zona norte do Rio na campanha do diagnóstico precoce. O DR WALTER CAMARGOS nos autorizou a fazer a reproduzir seus DVDS e apoiou nossa iniciativa de distribuição gratuita deste material aos pediatras de nossa região, e no momento os pediatras tem aceitando bem. NOssa região é muito carente de informações e muitos médicos tem "pré-conceitos" e dizem que a fonoaudiologia de nada adianta para o autismo, entre outras coisas mais chocantes.
A campanha também conta com o apoio de DANIELA SANTOS que está ajudando no custeio deste material.
Estamos convocando voluntários para as visitas aos médicos e para palestras para médicos. VC pode se informar pelo telefone 8201-6331/7416-5080, e-mail contato@corautista.org, ou pelo site; www.corautista.org

domingo, 18 de julho de 2010

Nasceu o CORA


Eu, e minhas amigas Adriane Michelly, Andreia david e Irene Cavalcante, abrimos uma associação de pais de autistas, denominado CORA- Centro de Otimização para a Reabilitação do Autistas, que estará representando a zona leopoldina do Rio de Janeiro. Estamos muito felizes e com vários projetos, alguns já estão em andamento. Esperamos poder ajudar muitas familias.

Nossa associação está firmada em 4 pilares fundamentais:


1- Centro de amparo e apoio a pais, portadores do Transtorno do Espectro Autista e profissionais.


2- Otimizar a divulgação do autismo através de palestras, internet, mídia, campanhas... Dissimando o conhecimento para ocorrer transformação.

3- Reabilitação para autistas com atendimento especializado de ponta e individualizado, proporcionando autonomia, independência e preparando-os para a vida.


4- Direitos dos autistas pela educação, reabilitação e profissionalização.



Simbologia


A própria sigla CORA faz alusão a coração. O que demosntra todo nosso empenho e amor por nossos filhos.

Coração - representação do coração de mãe, ou seja de nosso amor incondicional por nossos filhos.

Quebra-cabeça - é o símbolo oficial do autismo, que representa o mistério e a complexidade do autismo.

Boneco com a peça do quebra-cabeça - representação de nós pais, terapeutas, professores, médicos que tentamos desvendar esse mistério, que estamos na busca constante de soluções, representa também a nossa luta pela inclusão do autista na escola, no trabalho e no convívio social.



Nesta terça feira, 20/07 das 13:00 as 14;40 iremos realizar um ciclo de palestras na Escola Municipal Eurico Dutra, no IAPI da Penha.


Visite nosso site, que em breve estará recheado de muitas novidades. Junte-se a nós nessa causa. http://www.corautista.org/

sábado, 17 de julho de 2010

PÉROLAS DO BRENO - SUPER MÂE


Hoje o ganhei o dia. Fui eleita pelo meu filhote a sua super heroína favorita. Ele disse que sou uma super herói e criou um bordão com direita a gesto e tudo, além disso falou que os meu super poderes é o de assoprar,rsrsrsrs.

terça-feira, 13 de julho de 2010

PÈROLAS DO BRENO - "Eu não quero conversar"


Breno aprendeu a se esquivar de uma conversa.


- filho vamos bater um papo

- agora não mãe

- vamos conversar

- Eu não estou a fim de conversar


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Esses dias Breno foi na casa da minha amiga Michely e Brincou muito com o Davy, que também é autista. Os dois brincaram tanto, foi tão gostoso de ver. E eles interagiam falando um com o outro. teve um momento que o Davy segurou no braço dele e ele falou:


- Não Davy, assim não. Vai devagar.


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domingo, 27 de junho de 2010

PÉROLAS DO BRENO - Compreendendo no sentido literal


- Breno vamos bater um papo?

- Vamos bater um papo mamãe - Breno começou a bater palmas

- rsrsrsrs, não filho. Isso é bater palmas, bater papo é conversar

- conversar?

- é filho, conversar. Vamos conversar.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Dica de desenho para autistas


O Breno adora um desenho que passa na NICK JR que se chama "DORA A AVENTUREIRA". É uma desenho muito educativo e pelo que li na internet é um desenho numero um nos EUA. Eu assito as vezes com ele, porque o desenho é interativo e faz perguntas para a criança que está assitindo responder, procurar objetos no cenário, ensina inglês entre outros conceitos pedagógicos. Vai trabalhar o cognitivo e a oralidade de seu filho, pode ter certeza.

Para ajudar eu assisto com ele e peço pra ele repetir o que a Dora pede.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Eu fui na Audiência pública na ALERJ








No dia 21/06 eu fui a audiência pública, cujo objetivo era solicitar a aprovação da lei 2702/2009. O Deputado Audir Santana está ajudando no tramite deste processo. Adorei conhecer a diretoria da ADEFA que tem realizado um lindo trabalho. Além disso tive a oportunidade de conhecer outras instituições e pessoas que estão envolvidas no processo de luta e defesa pelo autismo.

Na abertura teve a aparesentação do tenor autista-cego Saulo Laucas. Gente que voz! Depois seu pai falou um pouco sobre ele. Disse que o filho faz faculdade de música e fala três linguas (lembrei do meu Breninho,rsrsrs).

Teve um jornalista do JB, Paulo, que falou sobre a falta de informação por meio da mídia e de como alguns médicos são arrogantes e não se abrem para conhcer o autismo mas a profundoA Vãnia, uma mãe que falou das dificuldades de se encontrar uma escola inclusiva e que as leis só falam das escolas públicas, mas que precisamos de medidas nas escolas privadas também. Concordo plenamente.

O Ulisses que também falou sobre leis e diagnóstico precoce.

Cláudia da APADEM falou sobre as difuldades de tratamento para autistas adultos. Foi uma pena que ela teve que sair antes do término, porque não pude tirar uma foto com ela,rsrs. E as fotos que tirei ficaram muito escuras

A Dra Geórgia, falou sobre a importância da dieta.

A Jusceli e sua equipe falaram sobre as parcerias com universidades para pesquisas.
Foram muitos convidados, e muitos assuntos discutidos.


Espero que a lei seja aprovada, mas quero deixar um adendo, que seja regulamentado o ensino para as escolas particulares também, porque uma vez eu liguei para a secretaria de deficientes para pedir orientações sobre escola particular e uma pessoa que me atendeu foi bem grossa e rispida e me disse da seguinte forma; "não posso fazer nada por escola privada, procure o procon". O mec fica no pé das faculdades particulares para avaliar o ensino, porque não faz o mesmo com relação a inclusão escolar?

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terça-feira, 22 de junho de 2010

Menino autista quebra silêncio e se comunica por mensagens de computador

Menino autista quebra silêncio e se comunica por mensagens de computador
Usando técnica conhecida como comunicação facilitada, britânico de 13 anos, passou a se expressar e até a escrever poemas.


O britânico Jamie Ponsonby não consegue falar e durante anos permaneceu preso em seu próprio mundo.
Sua família, porém, o ensinou a usar um teclado de computador e hoje em dia o garoto de 13 anos, que sofre de autismo, consegue não apenas se expressar como também escrever poemas.
Sua mãe, Serena, disse que isso permitiu que Jamie se comunicasse com a família e que, assim, ela pudesse entendê-lo melhor.
"Nós não tínhamos ideia de que havia uma pessoa lá dentro que sabia tudo", afirmou ela.
Emoções e senso de humor"Por meio da digitação nós descobrimos que ele sabe todo tipo de coisa. Ele está totalmente ciente de tudo, seu senso de humor está totalmente ali. Ele tem uma poesia linda, seus sentimentos e emoções são todos perfeitamente normais e acima da média para sua idade."
O diretor de pesquisas da entidade beneficente Research Autism, Richard Mills, disse que casos como o de Jamie são relativamente raros.
Ele disse que a técnica usada pelos pais de Jamie para ajudá-lo a se comunicar - conhecida como comunicação facilitada - apesar de polêmica, tem mostrado bons resultados.
Ela foi introduzida pela primeira vez na Austrália nos anos 70 e consiste em alguém apoiar a mão, o pulso ou o braço de um a pessoa com deficiência comunicativa enquanto esta usa um teclado ou outro aparelho para formar palavras e frases.
"Nós sabemos que pessoas com autismo muitas vezes precisam de muito tempo de processamento. Eles precisam que as coisas sejam visuais, então palavras digitadas em um teclado tendem a funcionar melhor (do que outras formas de comunicação como o uso da fala, por exemplo)".
PaciênciaSerena disse que apesar de Jamie digitar com lentidão - ele levou duas semanas para digitar seu poema sobre autismo - ele está, aos poucos, ficando mais rápido e independente.
Ela percebeu que havia um problema com seu filho quando ele tinha 18 meses de idade.
"Ele foi diagnosticado com dois anos e meio, mas desde os 18 meses eu sabia que algo não estava certo. Ele costumava adorar música mas começava a gritar quando eu o levava para aulas de música", disse ela.
Durante alguns anos após seu diagnóstico, Jamie perdeu mais e mais habilidades , incluindo a fala. Ele tinha uma habilidade limitada para se comunicar por meio de sinais, portanto a comunicação se tornou difícil.
"Nós começamos a estimulá-lo a digitar aos nove anos de idade, após eu ler um livro sobre alguém que achava mais fácil digitar, apesar de ela saber falar", contou Serena.
"Pensei que talvez pudesse ser um caminho diferente. Começamos a estimulá-lo a digitar as palavras que ele sabia usar com sinais e fizemos progressos bem, bem lentos. Nós muitas vezes pensamos em desistir."
"Depois de alguns anos ele começou a ler placas e vimos que ele conseguia ler. Começamos a fazer perguntas e ele digitava todo tipo de coisa que nem sabíamos que ele conhecia", disse a mãe.
"Como uma família, isso nos permitiu a saber que existe alguém ali que sabe tudo que está acontecendo. Ele adora viajar e se você sabe que ele está ganhando algo com isso, sua paciência aumenta."
"Você não fala com ele como com alguém que não entende - sua autoestima e confiança estão infinitamente melhores."
Apesar do sucesso descrito pela família, a técnica da comunicação facilitada é criticada por cientistas que questionam o grau de interferência dos responsáveis no momento de comunicação pelo teclado.

sábado, 19 de junho de 2010

Pérolas do Breno - Passeio no Zoológico e no museu


Sexta-feira passado fui com o Breno em uma aula passeio no zoológico. Eu ri bastante porque um macaco jogou areia em cima da gente e Breno ficou apavorado. Depois ele falou com o pai dele que foi nojento.


Depois visitamos o museu porque ele queria ver os dinossauros, mas ao ver os esqueletos se borrou de medo,rsrs.

À noite me fez um pedido inusitado:

- oh mãe eu adoro lagosta.
- Lagosta?
- Eu quero comer lagosta mãe
- Você nunca comeu lagosta....
- Ah me desculpe mamãe, eu quero é camarão. Eu adoro camarão.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Daniel Jansen, autista, conclui mestrado no IB



Como a amizade com uma cadela labrador ajudou Daniel Jansen, o primeiro autista brasileiro a defender sua tese numa universidadeUm cão-guia até o mestradoA AMIZADE ENTRE DANIEL E LUANA era uma dessas hipóteses difíceis de se concretizarem. Ele, um rapaz autista, avesso a qualquer contato físico, re­pelia todas as investidas dela, um filhote de cão labrador cheio de lambidas para dar. Mas esse encontro rendeu frutos. No fim de fevereiro, Daniel Ribeiro Jansen Ferreira, de i2 anos, defendeu sua dissertação de mestrado no Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).Convenceu a banca e foi aprovado. Os especialistas que acompanham au- tistas não tem notícia de outro brasileiro que tenha ido tão longe nos estudos. Dificuldades de planejamento e convivência costumam emperrar a evolução escolar ides. Poucos concluem a faculdade. Daniel foi alem. Luana teve grande res­ponsabilidade nisso. Conheceram-se há :três anos, quando ela era recém-nascida. Daniel, que sempre evitou abraços e beijos humanos, recebeu um tratamento de cho­que: lambidas, afagos e fidelidade da cadela brincalhona.Algumas habilidades são muito mais desenvolvidas que outras. Daniel aprendeu a ler sozi­nho aos 4 anos folheando um fascículo sobre anatomia humana. Por outro lado, seu desempenho em interação social é baixo. o contato olho no olho e o en­tendimento das reações das pessoas são prejudicados. "Um simples 'oi' pode ser interpretado como uma paquera': diz o psiquiatra Cesar de Moraes, diretor-clíni­co da Associação para o Desenvolvimen­to dos Autistas em Campinas. o trabalho da entidade foi fundamental para que Daniel pudesse cumprir as exi­gências do mestrado.


segunda-feira, 14 de junho de 2010

Audiência no Rio de Janeiro


Pessoal a Berenice da Adefa, me enviou um e-mail para divulgar a audiência que acontecerá no dia 21/06. Confira abaixo:


Caros companheiros e amigos do autista,

Aqui estou novamente convocando a todos para mais uma Audiência Pública, mais uma na história do autismo no Brasil!Dessa vez queridos amigos, estaremos unidos para pressionar os Deputados a aprovarem nossa lei que já tramita na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Graças ao Deputado Audir Santana, na Audiência de 17 de novembro 2009 saímos de lá com o projeto de lei já tramitando. Desde esse dia ele só tem nos acompanhado e feito tudo que está ao seu alcance para nos apoiar e não deixar que caia no esquecimento nossa causa maior, a CAUSA queridos amigos, são nossos filhos, são os filhos dos companheiros que não tem tratamento...Se hoje estou aqui pedindo apoio e comparecimento, não é por filhos que já tem tudo, é pelos que nada tem, é pelos injustiçados, pelos destituídos de escola, tratamento, dignidade, atenção por parte do Estado!Só nós sabemos onde dói o autismo, só nós sabemos que inclusão não há, que profissionais habilitados para tratá-los não há!Sempre costumo dizer que nós, mães de autistas somos todas irmãs! No decorrer dessa luta pelas leis, só tive mais certeza disso!Em cada companheira que se junta ao movimento eu vejo um pouco de mim, em seus filhos um pouco do meu filho...Por essas e outras companheiros, só temos um caminho a seguir... O caminho é políticas públicas!! O caminho é leis que NÓS temos que fazer que se aprove, NÓS temos que fazer que se cumpra!!!Nesse momento temos importantes aliados, o Senador Paulo Paim e Deputado Audir Santana que seguem conosco sem medir esforços, e por nossa vez, temos que estar lá, dizer o que queremos e mostrar que AUTISMO É TRATÁVEL!!!!Contaremos com a presença de vários profissionais da área e com nosso querido astro, o tenor Saulo Laucas que nos presenteará mais uma vez com sua belíssima voz, abrilhantando nossa Audiência!A hora é essa amigos, dia 21 de junho às 14.00 hrs no auditório da ALERJ, com o sentimento de vitória na alma,EU OS ESPERO!"A SOLUÇÃO PARA O AUTISMO COMO EU COMPREENDO, É PARA TODOS OU NÃO HÁ SOLUÇÃO SATISFATÓRIA!" Por amor, pelos autistas, sempre!!!Berenice Piana de Piana ADEFAAssociação em Defesa do Autista

terça-feira, 8 de junho de 2010

Brincar de imaginação - estimulando o desenvolvimento de Breno


Alguns anos atrás fiz teatro profissionalmente. Cheguei até a ganhar concursos literários e tinha registro pela SBAT como autora teatral. Além disso também cantava profissionalmente. Enfim, minha vida era no palco.

Com a chegada do Breno tive que abdicar do meu lado "artistico" para me dedicar totalmente a ele. Usando meu instinto teatral, comecei a fazer leituras dramatizadas para meu filho e ele adora! Através da dramaticidade passou a compreender mais as emoções e expressões. E passou a interagir em brincadeiras de faz-de-conta.

Ontem mesmo, Breno me propôs brincar de "Os três porquinhos", e criou um diálogo entre os porquinhos e o lobo e eu tive que reproduzir. Depois pediu para brincarmos de chapeuzinho vermelho e lobo mau.

Na escola já realizou duas redações.

Aos poucos sua capacidade imaginativa tem aflorado e com isso tem melhorado sua interação social.

Brincar é muito importante para o desenvolvimento emocional, cognitivo e autonomia, além de trabalhar essencialmente a interação social que é um dos três maiores desafios do autismo.

Então para papais e mamães, soltemos nosso lado artista, nosso lado criança, e brinquemos com nossos filhos. Eles irão amar!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Como entrar no mundo deles?

O autismo já atinge mais crianças que a Síndrome de Down em alguns países, onde uma em cada 500 nasce com o distúrbio, que a impedirá de estabelecer qualquer tipo de contato. Hoje se sabe que, quanto mais cedo essa barreira é quebrada, maiores são as chances de recuperação.


A pedagoga paulista Maria Eleni Mondini durante boa parte da vida trabalhou com crianças deficientes mentais e com síndrome de Down. Estava acostumada a reconhecer os sinais desses distúrbios até mesmo em bebês. Quando engravidou pela primeira vez, ela não conseguiu esconder o alivio depois que seu filho Lucas foi avaliado com notas excelentes no exame de rotina feito ainda na maternidade. Lucas dormia bem, chorava pouco e não estranhava as pessoas. E foi assim até completar 1 ano. Logo depois do aniversário, o menino passou a não se aninhar mais no colo da mãe. Evitava qualquer contato físico. Chegou a pronunciar algumas palavras sem sentido e até a acompanhar com “ê, ê, ê”o refrão da música Ilariê, sucesso da Xuxa. Mas parou por aí. Cada vez mais mergulhado no silencio, foi se fechando numa espécie de universo paralelo, impenetrável. “na época em que ele nasceu, em 1987, eu mal havia ouvido falar sobre autismo”, diz Eleni. “Embora fosse natural para mim lidar com excepcionais, demorei para entender o que ocorria com meu filho”.


É comum que o comportamento da criança autista confunda a família num primeiro momento. Diferentemente dos portadores de outras deficiências mentais, ela não apresenta nenhum sinal físico. A característica mais forte da síndrome é a tendência ao isolamento e a ausência de comunicação – a criança olha de forma dispersa, não responde quando chamada nem demonstra interesse por outras pessoas. Ela pode reagir de forma exagerada a alguns estímulos, como ao barulho de uma porta batendo, e ignorar completamente outros, como o som de uma televisão no último volume.Desde 1943, quando foi descrito pela primeira vez pelo psiquiatra Leo Kanner, o autismo é um mistério para a ciência. Pouco se sabe sobre as causas e menos ainda sobre a possível cura. Encarado como um distúrbio raro, nunca recebeu a atenção (nem verbas para as pesquisas) necessária para o esclarecimento. Nos últimos nos, porém, descobriu-se que a incidência é bem maior: em cada 1000 crianças que nascem em todo mundo, uma é autista. Em alguns países, como os Estados Unidos, os registros apontam para o dobro desse numero: um caso para cada 500 crianças – estimativa que surpreendentemente ultrapassa os índices de Síndrome de Down e de câncer infantil. A descoberta colocou o autismo na pauta de programas de saúde de pública de muitos paises, inclusive o Brasil. Os frutos desse interesse começam a aparecer.A novidade que mais tem empolgado os pesquisadores são os bons resultados obtidos com diagnóstico e o tratamento precoces. “Quanto mais cedo se detecta a síndrome, maiores são as chances de quebrar a barreira de isolamento da criança e de interferir em seu desenvolvimento”, afirma o psiquiatra Raymond Rosemberg, de São Paulo. “O principal obstáculo é que, geralmente, eles só iniciam o tratamento muitos anos após surgir os primeiros indícios, quando o cérebro já está formado e certos comportamentos cristalizados”. Depois de avaliar o resultado de vários estudos, a Academia Americana de Neurologia divulgou recentemente um documento alertando pais e pediatras e mostrando como identificar os sintomas a partir do primeiro ano (ver “os primeiros sinais”). No Brasil, a Associação de Amigos do Autista (AMA) publicou uma cartilha com informações e questionários que serve de roteiro pra detectar o problema.


O pequeno Alejandro, de 2 anos e 8 meses, é um dos exemplos que a intervenção nos primeiros anos de vida pode proporcionar. Quando ele tinha 1 ano e meio, a mãe, designer Teresa Jimenez, começou a perceber seu comportamento estranho. Alejandro não imitava nenhum gesto, não dava beijos e ficava horas girando as rodas de um carrinho ou olhando os movimentos de uma máquina de lavar roupas. “Mesmo assim, eu não pensava em autismo”, conta ela. “Foi meu pai quem nos chamou atenção para essa possibilidade e pediu que procurássemos um especialista”. Hoje ele está aprendendo a falar e a ler, tem ótima memória fotográfica, freqüenta uma escola comum e demonstra carinho pelos pais.A síndrome se manifesta sempre antes dos 3 anos e, curiosamente, afeta mais meninos que meninas: a cada quatro autistas, três são do sexo masculino. Durante muito tempo, acreditou-se que era um distúrbio psicológico provocado por pais frios e distantes. Além do desafio de criar um filho com problema, muitas famílias também conviviam com esse sentimento de culpa. Hoje, sabe-se que o transtorno tem origem biológica e atinge o sistema nervoso ainda em formação. Embora os motivos ainda não estejam identificados, vários estudos trazem evidencias de que haveria um componente genético. No entanto, mais pesquisas são necessárias para determinar se um defeito genético poderia sozinho predispor uma criança ao autismo ou se estaria associado a outros fatores.


Que planeta é esse?


O autista apresenta deficiência em três áreas nobres do desenvolvimento: a comunicação, a interação social e a imaginação. Juntos, esses três desvios conseguem produzir semelhante à sensação de alguém que, de repente, se vê em um pais de cultura e língua desconhecidas com as mãos imobilizadas, sem a mínima condição de compreender os outros ou de se expressar por palavras e gestos. Não é a toa que o problema passou a ser conhecido como “Oops! Wrong Planet Syndrome”(Síndrome de Ops! Planeta errado!’), apelido dado pelos primeiros grupos de apoio às famílias dos portadores do distúrbio. Além isso, para o autista, não há diferenciação entre o “eu” e o “mundo”. Ele não tem capacidade de interpretar o estado emocional e as expressões, como fingir que uma vassoura é um cavalo de pau.


Cerca de 70% dos autistas possuem algum nível de retardo mental. “A imagem de gênio incompreendido mostrada no cinema, a exemplo do personagem vivido por Dustin Hoffman no filme Rain Man, corresponde à minoria dos casos”, afirma o psiquiatra Francisco Assumpção, do Hospital das Clínicas, de São Paulo. Esse pequeno grupo de “autistas de alto nível”, que possuem uma boa capacidade de comunicação e inteligência – mesmo vivendo em uma espécie de mundo particular – é classificado como portador da síndrome de Asperger, em homenagem ao pesquisador austríaco Hans Asperger, o primeiro a descrever essa categoria.


É o caso do paulista Jefferson, 13 anos. Quando começou a falar, aos 5 anos, os pais puderam perceber que ele já sabia ler. Suas fontes favoritas eram revistas, legendas de filmes e rótulos de produtos importados. Ele pronunciava o inglês perfeitamente. De tanto prestar atenção nos créditos dos filmes, sabia o nome de todos os dubladores e os identificava mesmo em produções diferentes. Além disso, conseguia reproduzir no teclado qualquer musica que ouvia. “Muitas pessoas achavam que ele era superdotado”, conta a mãe, secretária Maria Aparecida de Oliveira. Mas dava para perceber que apesar dessas habilidades, Jefferson possuía outras limitações. Tinha fixação por rotina e qualquer mudança no caminho para casa desencadeava uma reação de pânico no garoto. Na hora de brincar, ele até ficava no meio de outras crianças, mas nunca interagia numa brincadeira.


Vencendo o isolamento


Como apresenta problemas de comunicação, o autista não costuma desenvolver vínculos afetivos de forma espontânea. Esse é justamente um dos pontos mais enfatizados nos programas de ajuda. “O primeiro passo do tratamento é fazer com que a criança comece a perceber o mundo a sua volta”, explica Rosemberg. “Isso ocorre quando ela compreende que, para cada ação sua, há uma reação no ambiente”. Para abrir uma brecha nesse muro de isolamento, os especialistas utilizam varias técnicas que auxiliam a criança a criar canais de comunicação, seja por meio da fala, seja por meios de sinais e símbolos. Uma das mais comuns é a ABA, sigla inglesa para Análise Aplicada do Comportamento. Ela consiste em ensinar por etapas habilidades tão diversas como reconhecer expressões faciais ou se portar em um restaurante, criando um minucioso passo a passo, que é repetido quantas vezes forem necessárias. A cada acerto, há uma recompensa. Assim, pouco a pouco, a criança descobre que, ao se expressar, ela pode conseguir muito mais rapidamente o que deseja. Lucas, o garoto do inicio do texto, aprendeu a assobiar quando algo o irrita em vez de se agredir fisicamente. Ele também usa cartões com figuras sempre que quer dizer algo. Em associações como a AMA, com umidades em vários estados, e a Lúmen, em São Paulo, um dos principais objetivos das atividades é estimular a sociabilidade e a independência. “Nunca vou esquecer o dia em que o Lucas conseguiu ir ao banheiro sozinho, aprendeu a segurar um talher ou mostrar para a gente o que queria comprar no supermercado”, diz Eleni. “Cada passo é uma conquista importante, tanto para mim quanto para ele”.


Os primeiros sinais

Alguns sinais que podem revelar a presença da síndrome.
Até o primeiro ano

Não olha para o rosto da mãe nem demonstra emoção na presença das pessoas.
Tem aversão ao toque, não fica no colo.
Não estabelece comunicação com quem toma conta dele.
Não dorme, dorme demais ou não acorda quando está com fome.
Não atende quando chamado.
A partir do segundo ano.
Interessa-se mais por objetos do que por pessoas.
Não partilha a atenção e não demonstra reação quando quem está cuidando dele faz algum gesto ou barulho
Tem dificuldade para fixar o olhar.
Não aponta para mostrar interesse
Repete por horas brincadeiras e gestos, como balançar as mãos.



Uma autista por ela mesma. (Trechos do livro “Uma menina estranha” - Cia. Das Letras, autobiografia da autista americana Temple Grandin, 43 anos, que se tornou engenheira, bióloga e Ph.D em Psicologia)


“Embora eu entendesse o que as pessoas diziam, minhas respostas eram limitadas. Eu tentava, mas na maior parte das vezes não saía nada”.“Eu já era adulta quando consegui olhar alguém nos olhos”.“Era como se eu fosse surda. Nem mesmo um barulho forte conseguia me assustar ou me fazer sair do meu mundo”.



Ajuda pela internet.


Os autistas percebem o mundo de forma completamente diferente das pessoas. Pesquisadores americanos da Universidade de Ohio descobriram que eles captam, como nomes e números, embora tenham dificuldade para entender o todo. Em vez de enxergar uma floresta, os autistas vêem cada árvore em separado. Isso também ocorre quando observam faces humanas. Como notam apenas a boca ou o olho em vez do rosto inteiro, não interpretam as expressões faciais nem se interessam em copiá-las – requisito fundamental para o aprendizado. “Embora eles não imitem as pessoas espontaneamente, sabemos que esta capacidade pode ser estimulada”, afirmou o psiquiatra Marco Iacoboni, da Universidade da Califórnia, na Conferencia sobre Inovações Tecnológicas para o Autismo, nos estados Unidos. Seguindo esse raciocínio, a equipe do psicólogo americano Dominic Massaro, da mesma universidade, criou um boneco virtual que usa os recursos da animação gráfica para ensinar crianças surdas e autistas a falar pior repetição. Ao pronunciar as palavras, Baldi, como é chamado, reproduz com perfeição os movimentos dos lábios. As expressões são acompanhadas de legendas e sons, e a criança decora cada movimento e o liga a um sentido. Ainda em fase de experimentação, a programa está disponível gratuitamente no site http:://mambo.ucsc.Edu.


Fonte: Texto retirado da revista “Claudia”. Abril de 2001 pags. 206 a 210.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Autismo pode explicar 'conversa' de menina britânica com animais

Autismo pode explicar 'conversa' de menina britânica com animais
Pesquisadora americana que tem o problema relata facilidade para entender bichos. Autistas contariam com mesma atenção a detalhes e pensamento não-verbal, diz ela.
Reinaldo José Lopes Do G1, em São Paulo


Pelo menos uma pessoa não deve ter ficado surpresa com a notícia de que a menina britânica Rose Willcocks, portadora de uma síndrome rara e com sintomas de autismo, seria capaz de "falar" com animais, assim como o personagem cinematográfico Dr. Dolittle. Trata-se da pesquisadora americana Temple Grandin, professora da Universidade do Estado do Colorado que também tem uma forma de autismo e afirma que pessoas com esse problema têm uma capacidade instintiva para entender os bichos.


Curiosamente, há outros paralelos entre a biografia da garotinha britânica e a de Grandin -- a cientista americana, especializada em comportamento animal, só começou a falar com quatro anos de idade. A forma de autismo de Grandin, conhecida como síndrome de Asperger, parece não afetar a inteligência geral da pessoa, mas dificulta muito sua capacidade de se comunicar normalmente, de forma verbal e não-verbal: o portador tende a soltar enormes monólogos repetitivos, além de não conseguir entender as nuances emocionais num olhar, por exemplo.

Por outro lado, Grandin diz que seu problema lhe permite entender com facilidade o comportamento e a mente dos animais. Na verdade, em seu livro "Na língua dos bichos" (publicado em 2006 no Brasil), Grandin argumenta que o raciocínio e os sentidos de animais e autistas funcionam de forma relativamente parecida. Não há na frase nenhum julgamento de valor: ela jamais quis dizer que os autistas são inferiores ao resto da humanidade -- apenas que a mente deles têm suas próprias regras, como a dos animais.

Sem palavras
Um desses detalhes é que, segundo ela, os autistas não pensam em "palavras", como a maioria das pessoas, mas em imagens. Sem o raciocínio verbal, animais e autistas formam uma espécie de "filme" mental para tentar entender o mundo. Ambos também seriam altamente sensíveis a detalhes sensoriais -- não só visuais, mas também sonoros ou olfativos.

Isso explicaria por que alguns autistas ficam hipnotizados com ventiladores girando ou telas de descanso de computador, ou por que eles reagem com medo a pequenas mudanças em seu ambiente. Da mesma forma, os animais tendem a se assustar com detalhes como reflexos luminosos, sons muito altos e agudos ou outros detalhes que, para humanos normais, acabam passando despercebidos.

A pesquisadora especula que a semelhança entre o pensamento de autistas como ela e o dos animais vem de algumas similaridades na organização cerebral. Os animais têm menos desenvolvida a região do córtex cerebral que reúne as informações dos sentidos num todo coerente e lógico por meio da linguagem. Da mesma forma, alguns estudos sugerem que a conexão entre as áreas sensoriais e essa área do córtex nas pessoas com autismo não é das melhores.

Grandin usou sua intuição sobre a mente dos bichos para criar um sistema mais humano de abate, que leva em conta os medos dos animais (como a necessidade de conseguir ver uma distância razoável à sua frente). O sistema foi amplamente adotado nos Estados Unidos.


Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL254193-5603,00-AUTISMO+PODE+EXPLICAR+CONVERSA+DE+MENINA+BRITANICA+COM+ANIMAIS.html

quinta-feira, 3 de junho de 2010

DICAS PARA ESTIMULAR SEU FILHO


A seguir você verá algumas dicas que servirão para estimular seu filho.Lembre-se que são dicas gerais, adapte-as com critério para seu filho, levando em conta a idade e dificuldades dele.Se possível, converse com o terapeuta que acompanha a criança, ele poderá adaptar estas ou lhe fornecer novas dicas.

1 - Brincar na frente do espelho - se puder, tenha um espelho que seu filho possa se ver inteiro.Sente-se atrás de seu filho e brinque de mostrar seu cabelo, sua boca e etc.Dependendo da crinaça, você precisa segurar a mão dela e ajudá-lo a por nas partes do corpo.Faça comentários tipo, olha o ( cite o nome dele(a)) e a mamãe.Olha a mãmãe eo ( nome da criança) abraçados etc.Este exercício ajuda criar conciência do eu e os outros.

2 - Rasgar jornal.De início é comum a mãe ficar atrás da criança e segurar suas mãozinhas para pegar e rasgar jornal.Comece com pedaços grandes e vá diminuindo aos poucos.Este exercício ajuda na coordenação motora.Você pode inventar uma brincadeira no final tipo juntar os papeizinhos e jogar do alto ( chuvinha de papel!!).

3 - Brincar de massinha.Esta brincadeira auxilia a coordenação, mas normalmente os autistas estranham muito a massinha.Será preciso insistir

4 - Pintura a dedo - ótimo para estimular, você deve ir falando as cores e deixe a criança se lambuzar um pouco, dá aflição no início, mas aos poucos vai entrando nos eixos.Não jogue as artes fora.De vez em quando mostre para ele as obras que já fez!!

5 - Pegue três latas de tamanhos diferentes ( pequena, média e grande) e faça um furo na tampa de maneira a passar uma bolinhaBrinque com seu filho de por as bolinhas nas latas, reforçe sempre as palavras Graaaande, mééédia pequeeena.Depois empilhe também as latas.As bolinhas pode ser de pingue e pong que se acha nas lojas de miudezas.

6- Dance - Dançar auxilia muito as crianças, brinque de dançar com seu filho, invente passos, mesmo que ele pareça não se interessar, continue.Ponha músicas de criança, chame os irmãos ou o pai para fazer uma roda.

7 - Tente jogar bola, pode ser uma bexiga, se puder chame alguém para ajudar.Se seu filho não participa, peça para alguém ficar atrás dele e ajuda a pegar e jogar a bexiga para você.

8 - Um ambiente rico em estímulos pode ajudar, deixe o rádio ligado, numa altura média, se possível numa emissora que toque boa música brasileira, e em determinados períodos música clássica.è comum os autistas terem preferências por determinados sons, como voz mais grave, como as de locutor de fm, desta forma você estará facilitando o aprendizado do idioma, acostumando o ouvido dele a ouvir o som do português.

9 - Programas infantis como Castelo Ra Tim Bum, Mundo de Beakmann, além de educativos são ricos em estímulos.

10 - Massageie seu filho.Comece pela parte de trás, dos pés a cabeça.Na parte da frente do corpo, sentido inverso, da cabeça aos pés.Use um óleo ou creme anti alérgico, de odor suave.Fale com seu filho enquanto o massageia.Diga como seus braços, suas pernas seu corpo é forte.Diga-lhe o quanto é amado.Se quiser, ponha uma música suave de fundo.Procure fazer da massagem um ritual diário.Não precisa técnica especial, precisa ter um toque suave e firme, é quase como um carnho.Os resultados são ótimos.

11- Insista sempre, é normal seu filho não se interessar no início, talvez até ficar arredio, não se incomode e continue, deixe as brincadeiras que ele mais gosta por último, faça uma sequência e siga-a, aí ele entenderá que logo virá a parte que ele gosta.
Fonte: site do mão amiga

terça-feira, 1 de junho de 2010

Meu nome é rádio

Fica aí uma dica de filme. Meu nome é Rádio, é bárbaro, lindo, emocionante.


Filme inspirado em fatos reais ocorrido em 1976 na cidade de Anderson, Carolina do Sul, sobre o treinador de futebol americano do Instituto T.L. Hanna, Harold Jones (Ed Harris), e um jovem com deficiência mental, James Robert Kennedy, conhecido pelo nome Radio, interpretado por Cuba Gooding Jr.. Também protagoniza o filme Debra Winger e Alfre Woodard, que foi inspirado no artigo "Someone to Lean On", de Gary Smith, publicado em 16 de dezembro de 1996 na revista Sports Illustrated, sobre James R. Kennedy e Harold Jones.
Rádio é um jovem garoto fascinado pelo futebol americano que estava sempre por aí andando com um carrinho de supermercado com várias coisas, além de um rádio. Seu apelido 'rádio' foi escolhido pela sua afeição por rádios e por ele estar sempre com um rádio dentro de seu carrinho.
Ele passa desapercebido dentre as demais pessoas, até que o treinador da equipe de futebol passa a ve-lo diferente, e passa a ajudá-lo e integra-lo na equipe, na escola, e na vida. O filme se desenvolve com um pouco de ternura por parte do treinador e com a inocência por parte de Radio.
O filme transmite uma lição de humanidade, de reconhecimento pelo próximo e a diferença que isso faz.
O pequeno gesto do treinador em ajudar o rapaz, o reconhecimento, o espelhamento foi trazendo tanta diferença na vida dos dois que essa mudança atingiu todo colégio e, por fim, toda cidade.
Um rapaz que quase não era percebido e pouco conhecido se torna popular e respeitado...
Ponte ao futuro feita no vestiário. O treinador pede aos jogadores que visualizem a vitória.
O bem que se faz ao próximo é percebido por todo o sistema em que está inserido.