sexta-feira, 4 de junho de 2010

Autismo pode explicar 'conversa' de menina britânica com animais

Autismo pode explicar 'conversa' de menina britânica com animais
Pesquisadora americana que tem o problema relata facilidade para entender bichos. Autistas contariam com mesma atenção a detalhes e pensamento não-verbal, diz ela.
Reinaldo José Lopes Do G1, em São Paulo


Pelo menos uma pessoa não deve ter ficado surpresa com a notícia de que a menina britânica Rose Willcocks, portadora de uma síndrome rara e com sintomas de autismo, seria capaz de "falar" com animais, assim como o personagem cinematográfico Dr. Dolittle. Trata-se da pesquisadora americana Temple Grandin, professora da Universidade do Estado do Colorado que também tem uma forma de autismo e afirma que pessoas com esse problema têm uma capacidade instintiva para entender os bichos.


Curiosamente, há outros paralelos entre a biografia da garotinha britânica e a de Grandin -- a cientista americana, especializada em comportamento animal, só começou a falar com quatro anos de idade. A forma de autismo de Grandin, conhecida como síndrome de Asperger, parece não afetar a inteligência geral da pessoa, mas dificulta muito sua capacidade de se comunicar normalmente, de forma verbal e não-verbal: o portador tende a soltar enormes monólogos repetitivos, além de não conseguir entender as nuances emocionais num olhar, por exemplo.

Por outro lado, Grandin diz que seu problema lhe permite entender com facilidade o comportamento e a mente dos animais. Na verdade, em seu livro "Na língua dos bichos" (publicado em 2006 no Brasil), Grandin argumenta que o raciocínio e os sentidos de animais e autistas funcionam de forma relativamente parecida. Não há na frase nenhum julgamento de valor: ela jamais quis dizer que os autistas são inferiores ao resto da humanidade -- apenas que a mente deles têm suas próprias regras, como a dos animais.

Sem palavras
Um desses detalhes é que, segundo ela, os autistas não pensam em "palavras", como a maioria das pessoas, mas em imagens. Sem o raciocínio verbal, animais e autistas formam uma espécie de "filme" mental para tentar entender o mundo. Ambos também seriam altamente sensíveis a detalhes sensoriais -- não só visuais, mas também sonoros ou olfativos.

Isso explicaria por que alguns autistas ficam hipnotizados com ventiladores girando ou telas de descanso de computador, ou por que eles reagem com medo a pequenas mudanças em seu ambiente. Da mesma forma, os animais tendem a se assustar com detalhes como reflexos luminosos, sons muito altos e agudos ou outros detalhes que, para humanos normais, acabam passando despercebidos.

A pesquisadora especula que a semelhança entre o pensamento de autistas como ela e o dos animais vem de algumas similaridades na organização cerebral. Os animais têm menos desenvolvida a região do córtex cerebral que reúne as informações dos sentidos num todo coerente e lógico por meio da linguagem. Da mesma forma, alguns estudos sugerem que a conexão entre as áreas sensoriais e essa área do córtex nas pessoas com autismo não é das melhores.

Grandin usou sua intuição sobre a mente dos bichos para criar um sistema mais humano de abate, que leva em conta os medos dos animais (como a necessidade de conseguir ver uma distância razoável à sua frente). O sistema foi amplamente adotado nos Estados Unidos.


Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL254193-5603,00-AUTISMO+PODE+EXPLICAR+CONVERSA+DE+MENINA+BRITANICA+COM+ANIMAIS.html

quinta-feira, 3 de junho de 2010

DICAS PARA ESTIMULAR SEU FILHO


A seguir você verá algumas dicas que servirão para estimular seu filho.Lembre-se que são dicas gerais, adapte-as com critério para seu filho, levando em conta a idade e dificuldades dele.Se possível, converse com o terapeuta que acompanha a criança, ele poderá adaptar estas ou lhe fornecer novas dicas.

1 - Brincar na frente do espelho - se puder, tenha um espelho que seu filho possa se ver inteiro.Sente-se atrás de seu filho e brinque de mostrar seu cabelo, sua boca e etc.Dependendo da crinaça, você precisa segurar a mão dela e ajudá-lo a por nas partes do corpo.Faça comentários tipo, olha o ( cite o nome dele(a)) e a mamãe.Olha a mãmãe eo ( nome da criança) abraçados etc.Este exercício ajuda criar conciência do eu e os outros.

2 - Rasgar jornal.De início é comum a mãe ficar atrás da criança e segurar suas mãozinhas para pegar e rasgar jornal.Comece com pedaços grandes e vá diminuindo aos poucos.Este exercício ajuda na coordenação motora.Você pode inventar uma brincadeira no final tipo juntar os papeizinhos e jogar do alto ( chuvinha de papel!!).

3 - Brincar de massinha.Esta brincadeira auxilia a coordenação, mas normalmente os autistas estranham muito a massinha.Será preciso insistir

4 - Pintura a dedo - ótimo para estimular, você deve ir falando as cores e deixe a criança se lambuzar um pouco, dá aflição no início, mas aos poucos vai entrando nos eixos.Não jogue as artes fora.De vez em quando mostre para ele as obras que já fez!!

5 - Pegue três latas de tamanhos diferentes ( pequena, média e grande) e faça um furo na tampa de maneira a passar uma bolinhaBrinque com seu filho de por as bolinhas nas latas, reforçe sempre as palavras Graaaande, mééédia pequeeena.Depois empilhe também as latas.As bolinhas pode ser de pingue e pong que se acha nas lojas de miudezas.

6- Dance - Dançar auxilia muito as crianças, brinque de dançar com seu filho, invente passos, mesmo que ele pareça não se interessar, continue.Ponha músicas de criança, chame os irmãos ou o pai para fazer uma roda.

7 - Tente jogar bola, pode ser uma bexiga, se puder chame alguém para ajudar.Se seu filho não participa, peça para alguém ficar atrás dele e ajuda a pegar e jogar a bexiga para você.

8 - Um ambiente rico em estímulos pode ajudar, deixe o rádio ligado, numa altura média, se possível numa emissora que toque boa música brasileira, e em determinados períodos música clássica.è comum os autistas terem preferências por determinados sons, como voz mais grave, como as de locutor de fm, desta forma você estará facilitando o aprendizado do idioma, acostumando o ouvido dele a ouvir o som do português.

9 - Programas infantis como Castelo Ra Tim Bum, Mundo de Beakmann, além de educativos são ricos em estímulos.

10 - Massageie seu filho.Comece pela parte de trás, dos pés a cabeça.Na parte da frente do corpo, sentido inverso, da cabeça aos pés.Use um óleo ou creme anti alérgico, de odor suave.Fale com seu filho enquanto o massageia.Diga como seus braços, suas pernas seu corpo é forte.Diga-lhe o quanto é amado.Se quiser, ponha uma música suave de fundo.Procure fazer da massagem um ritual diário.Não precisa técnica especial, precisa ter um toque suave e firme, é quase como um carnho.Os resultados são ótimos.

11- Insista sempre, é normal seu filho não se interessar no início, talvez até ficar arredio, não se incomode e continue, deixe as brincadeiras que ele mais gosta por último, faça uma sequência e siga-a, aí ele entenderá que logo virá a parte que ele gosta.
Fonte: site do mão amiga

terça-feira, 1 de junho de 2010

Meu nome é rádio

Fica aí uma dica de filme. Meu nome é Rádio, é bárbaro, lindo, emocionante.


Filme inspirado em fatos reais ocorrido em 1976 na cidade de Anderson, Carolina do Sul, sobre o treinador de futebol americano do Instituto T.L. Hanna, Harold Jones (Ed Harris), e um jovem com deficiência mental, James Robert Kennedy, conhecido pelo nome Radio, interpretado por Cuba Gooding Jr.. Também protagoniza o filme Debra Winger e Alfre Woodard, que foi inspirado no artigo "Someone to Lean On", de Gary Smith, publicado em 16 de dezembro de 1996 na revista Sports Illustrated, sobre James R. Kennedy e Harold Jones.
Rádio é um jovem garoto fascinado pelo futebol americano que estava sempre por aí andando com um carrinho de supermercado com várias coisas, além de um rádio. Seu apelido 'rádio' foi escolhido pela sua afeição por rádios e por ele estar sempre com um rádio dentro de seu carrinho.
Ele passa desapercebido dentre as demais pessoas, até que o treinador da equipe de futebol passa a ve-lo diferente, e passa a ajudá-lo e integra-lo na equipe, na escola, e na vida. O filme se desenvolve com um pouco de ternura por parte do treinador e com a inocência por parte de Radio.
O filme transmite uma lição de humanidade, de reconhecimento pelo próximo e a diferença que isso faz.
O pequeno gesto do treinador em ajudar o rapaz, o reconhecimento, o espelhamento foi trazendo tanta diferença na vida dos dois que essa mudança atingiu todo colégio e, por fim, toda cidade.
Um rapaz que quase não era percebido e pouco conhecido se torna popular e respeitado...
Ponte ao futuro feita no vestiário. O treinador pede aos jogadores que visualizem a vitória.
O bem que se faz ao próximo é percebido por todo o sistema em que está inserido.