quinta-feira, 1 de abril de 2010

Dia Mundial de Alerta sobre o Autismo

Dia Mundial de Alerta sobre o Autismo
Quem convive com o distúrbio sabe: o autismo é um mistério. Não há cura. Os tratamentos são caros e as causas, desconhecidas. A correspondente Lília Teles preparou uma reportagem especial para hoje, Dia Mundial de Alerta sobre o Autismo.


Por mais que os pesquisadores se esforcem, o autismo ainda é um dos maiores desafios e mistérios da medicina. Nos Estados Unidos, uma em cada 150 crianças nasce com esse tipo de desordem neurológica. Isso representa mais de meio milhão de pessoas entre 1 e 21 anos de idade.


Especialistas dizem que nunca houve tantos casos quanto agora, resultado de uma maior atenção dos pais. Somente este ano devem ser diagnosticados 25 mil novos casos de autismo, registro maior do que o de Aids, câncer ou diabetes entre as crianças.


Para Randy e Lyn, o diagnóstico veio em dose tripla: trigêmeos autistas, sem que se saiba ao menos a causa do problema. O pai diz: "Gostaria que apenas uma pílula resolvesse o problema dos meus filhos, mas não é bem assim".


O que dificulta o diagnóstico é que não existe teste de sangue, radiografia ou qualquer outro exame de tecnologia avançada capaz de identificar o autismo. Segundo os especialistas, apenas a observação do comportamento da criança é capaz de ajudar a descobrir se existe algum tipo de atraso no desenvolvimento. E quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhores serão os resultados do tratamento.


De acordo com o Instituto Nacional de Desordens Neurológicas, a presença do autismo tem três características básicas: a falta de interação social, sem contato visual, problemas para se comunicar, verbalmente ou não, e a repetição de comportamentos, quando a criança tem interesse obsessivo por determinados assuntos ou objetos.


As causas ainda são indeterminadas. Uma delas seria a genética. Christina Muccioli é diretora de um instituto especializado em crianças com problemas mentais. Ela diz: "Até os 3 anos, a fase mais crítica, o cérebro é maleável e pode ser trabalhado com mais eficácia, de forma a remediar as deficiências”. Convivência com outras crianças, interação dos pais e professores, terapias com animais – o problema não tem cura, mas o esforço de muitos tem conseguido transformar um mundo de silêncio em alegria.



fonte: http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL807716-16020,00-DIA+MUNDIAL+DE+ALERTA+SOBRE+O+AUTISMO.html

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